Com a boneca nos braços, a menina embala e canta uma canção de ninar. A mãe observa o cuidado da filha e diz:
– Nunca vou esquecer o dia em que você nasceu.
– Eu era bem pequena, né? Igual a minha boneca? – sussurra a pequena.
– Você cabia em uma caixa de sapatos e estava bem roxinha. Deu um susto na mamãe!
– E eu nem chorei! – afirma, com um sorriso no cantinho da boca.
– Quando a médica te tirou, você só deu um gritinho. Ela te colocou na minha barriga e você foi subindo, se arrastando bem devagarzinho, como uma ‘minhoquinha’. – lembra saudosa.
– Eca… Minhoca é feia! – murmura, fazendo careta e tentando não “acordar” a boneca.
– Mas você era linda e, quando chegou perto do meu rosto, ficou com olhos arregalados me olhando, como se dissesse “Oi, mamãe! Cheguei!”. Continue lendo “‘Doulalista’: como uma jornalista se tornou doula”