Você sabia que a amamentação previne o câncer de mama?

Amamentação e Câncer de mama

Outubro chegou, e com ele a campanha “Outubro Rosa”, realizada mundialmente para promover a conscientização e alertar sobre prevenção, cuidados e diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas o que você sabe sobre a relação entre a amamentação e a prevenção do câncer de mama?

Quanto mais se amamenta, mais se previne

amamentação contra câncer de mama
Imagem de Manojiit Tamen por pixabay

Amamentar é uma das formas da mãe se proteger do câncer de mama em todas as fases da vida, uma vez que reduz a exposição da mulher a hormônios que aumentam o risco de câncer e elimina células mamárias com mutações.

Um estudo recente constatou a redução de 22% no risco de contrair câncer de mama para as mulheres que amamentaram quando comparadas às que nunca amamentaram, chamando a atenção para os seguintes detalhes:

  • Mulheres que amamentaram por menos de 6 meses, tiveram 7% menos chances de desenvolverem a doença;
  • Mulheres que amamentaram de 6 a 12 meses, tiveram 9% menos de chances de desenvolverem a doença, e
  • Mulheres que mantiveram a amamentação por mais de 12 meses, tiveram os riscos 26% menor de desenvolverem a doença.

Então, quanto maior o tempo de aleitamento materno, maior o benefício.

O que faz com que a amamentação seja tão responsável?

Amamentar reduz risco de câner de mama
Imagem de @willsantt por Pexels

Não existe um estudo que esclareça completamente, mas existem várias hipóteses. Uma hipótese afirma que enquanto a mulher amamenta, ela bloqueia os ciclos de ovulação, diminuindo a sobrecarga hormonal. Ou seja, ela deixa de produzir uma quantidade maior de hormônios femininos nessa fase, e isso poderia ser uma possível explicação, já que grande parte dos casos de câncer de mama sofrem influência dos hormônios femininos.

Outra hipótese pode ser o fato da maior esfoliação das células dos ductos mamários durante a amamentação, fazendo com que estas células cheguem à exaustão, causando um descarte natural daquelas que com alguma alteração genética.

Amamentar é vida

É certo, ainda, afirmar que a amamentação hoje evita mais de 19.000 mortes por câncer de mama ao ano em 75 países de média e baixa renda. Porém, mais 20.000 mortes por esse tipo de câncer poderiam ser evitadas se os bebês fossem amamentados exclusivamente até os 6 meses de vida e, após a introdução alimentar, permanecessem em amamentação prolongada pelo menos até completarem 2 anos de idade.

Amamentação previne câncer de mama
Giphy de @pablolopezramos

Então amamente e encoraje a amamentação. As vezes pode parecer um pouco difícil, mas o apoio de uma consultora em amamentação ou de uma técnica especializada pode ajudar muito a estabelecer esse vínculo de forma tranquila e prazerosa.

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Hiperêmese gravídica ou enjoo matinal?

Náuseas, enjoos, vômitos, são bem normais na gestação, especialmente no primeiro trimestre, mas algumas mulheres grávidas experimentam esses sintomas além do comum. Esta condição é conhecida como hiperêmese gravídica, uma condição que pode até necessitar de tratamento hospitalar.

Entendendo a diferença

Se você está naquela fase que ao acordar, não consegue nem escovar os dentes sem sentir náuseas ou ainda se o cheiro do seu café da manhã só faz você querer correr pro banheiro, está tudo bem, você faz parte dos 90% de gestantes que sentem enjoos matinais. A boa notícia é que eles tendem a desaparecer até as 20 semanas, podendo se estender um pouco mais em algumas mulheres, mas ainda assim fique tranquila: Isso não é hiperêmese gravídica.

A hiperêmese gravídica é um quadro mais grave, que atinge apenas 1% das gestantes e se apresenta por meio de vômitos prolongados e graves, impossibilidade de comer ou beber sem vomitar, com perda de mais de 5% do seu peso antes da gravidez e sinais de desidratação.

diferença hiperemese e enjoo matinal
@doula.fe__liz

O que causa a hiperêmese gravídica (HG)?

Não se sabe o que causa a HG, ou porque algumas mulheres apresentam essa doença e outras não. Alguns especialistas acreditam que ela está ligada à mudança de hormônios que ocorre durante a gravidez, outros estudos evidenciam um fator genético. Mas há também pesquisas científicas que se referem a infecção pelo helicobacter pylori (H-Pylori) e ainda como doença psicossomática.

O fato é que algumas mudanças próprias da gravidez como: alteração no paladar, aumento no sentido olfativo, estresse físico e/ou emocional e deficiência de vitaminas também podem contribuir para a presença desses sintomas indesejados.

Quais as consequências para a mãe e para o bebê?

Google images

A hiperêmese gravídica pode deixar você se sentindo mal, exausta, estressada e até deprimida, principalmente se você idealizou passar com tranquilidade por esse período. Mas, embora essa doença faça você se sentir péssima, a boa notícia é que é improvável que isso prejudique o seu bebê. A maioria dos estudos mostra que as mulheres com hiperêmese têm bebês normais, a menos que estejam gravemente doentes e recebam pouco tratamento.

Apesar de todo o mal estar, lembre-se que, se isolar pode lhe deixar ainda mais triste e/ou ansiosa, especialmente se os sintomas durarem por mais da metade da gestação ou for muito grave, o que não é incomum.

“Você pode pensar que ninguém entende o quão horrível você se sente . Mas tenha certeza de que a condição não é sua culpa, você não está sozinho e há ajuda disponível.”

Tratando a Hiperêmese

Existem medicamentos que podem ser usados ​​na gravidez para ajudar a melhorar os sintomas da HG, mesmo se você ainda estiver nas primeiras 12 semanas, por isso é muito importante que você procure um médico e seja diagnosticada o mais rápido possível. As evidências sugerem que, quanto mais cedo você iniciar o tratamento, mais eficaz ele será.

Se as náuseas e vômitos não puderem ser controlados por medicação e você continua perdendo peso, talvez você precise de uma internação hospitalar. Desta forma os médicos podem avaliar melhor a sua condição e oferecer o tratamento correto para proteger a sua saúde e a do seu bebê usando medicações injetáveis.

Giphy

Dicas que podem lhe ajudar

  • Peça ajuda ao seu parceiro, família e amigos para cozinhar, fazer compras, cuidar de crianças e tarefas domésticas.
  • Aceite seus desejos por certos alimentos e evite visões e cheiros que desencadeiem enjoos pra você.
  • Se ao cozinhar, os cheiros fizerem você se sentir mal, tente comer apenas alimentos frios.
  • Mantenha-se hidratado tomando pequenos goles de líquido ou sugando cubos de gelo.
  • Coma o que você puder em pequenas doses, mas com frequência.
  • Não se preocupe com o que está comendo, seu bebê receberá nutrição das reservas do seu corpo.
  • Descanse o máximo que puder. O cansaço pode piorar a náusea e o vômito.
  • Não se sinta responsável por esse mal estar. A hiperêmese gravídica é uma doença sem causa determinada e isso não é sua culpa.

Sites dedicados oferecem informações especializadas e você pode conversar com outras mães que já passaram por isso. É natural se preocupar quando você está se sentindo tão mal, mas tenha certeza de que, enquanto a hiperêmese for tratada, dificilmente você e seu bebê terão complicações. Continue lendo “Hiperêmese gravídica ou enjoo matinal?”

Como as afirmações positivas podem ajudar na gestação, parto e amamentação

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Você sabia que focar em pensamentos positivos durante a gestação, parto e amamentação pode trazer muitos benefícios para a mãe, bebê e toda sua rede de apoio? A técnica pode soar como autoajuda, mas a verdade é que essa prática tem embasamento científico para apoiá-la. E, assim como realizar o pré-natal, ter uma dieta saudável e praticar exercícios, preparar-se mentalmente e emocionalmente também é muito importante para esses momentos.

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Como controlar o medo do parto?

De repente você se descobre grávida. Sua mente eufórica dispara sentimentos de felicidade, mas também de preocupação e medo. E logo vem à cabeça: Será que eu aguento a dor do parto normal? Será que eu vou sentir muita dor depois da cesárea? Então deixa eu te contar que é possível controlar esse medo do parto. Quer saber como? Então vem comigo.

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Meu filho fez dois anos. Será que meu leite virou água?

Ainda tem leite aí?”. “Esse menino não vai largar esse peito?”. “Quando tu vais desmamar essa criança?”. Essas são algumas das perguntas que uma mãe ouve quando decide por uma amamentação prolongada, e que muitas vezes – apesar de ter tomado uma decisão segura -deixa aquela pulguinha atrás da orelha com a incomoda questão: Será que meu leite virou água? Continue lendo “Meu filho fez dois anos. Será que meu leite virou água?”