Quero engravidar, e agora?

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Experimente pesquisar no Google “quero engravidar” e ver o auto completar. Várias opções, escolhendo “o que fazer” temos mais de 4 MILHÕES (sim!!!) de resultado. Assustador, né? Como filtrar estas informações? Como saber o que é confiável? Não tenho a pretensão de ser uma guru do assunto, mas vamos estudar juntas e garimpar informações seguras e principalmente baseadas em evidências científicas?

A Doula e as Tentantes

Tudo começou há um tempo atrás, na ilha do soool, na verdade, quando ao acompanhar gestantes percebi que há, ao mesmo tempo, uma carência de informações bacanas para as tentantes (nome usado para a mulher ou casal que oficialmente quer engravidar) e um turbilhão de informações. E isso me incomodava:

“Puxa, todo mundo fala de gestação, parto, pós-parto e ninguém fala do que vem antes.”

Decisão Importante

A mulher que decide engravidar (ou o casal) sabe que spoiler alert esta é uma decisão que vai mudar a vida e a rotina para sempre. Há diversos fatores a serem considerados antes de bater o martelo:

– Estou mentalmente/psicologicamente pronta para este processo?

Acredito que este seja o fator mais interessante, pois atualmente estamos todos meio ‘doidos’. A vida anda bastante estressante, diversas doenças de ordem mental (depressão, ansiedade, pânico etc. não confundir com deficiência intelectual).

– Estou prontX para acompanhar a minha companheira neste processo?

CompanheirXs, esta é para você: saibam que direta ou indiretamente as mudanças físicas e mentais da sua companheira irão afetar você e vocês. Estão preparados?

– Estou fisicamente pronta para este processo?

O meu corpo está preparado? Estou num peso bacana? (Vamos falar mais sobre isso no futuro) Conheço bem o meu corpo? Entendo meus ciclos hormonais? Estou preparada para uma mudança drástica na circulação hormonal em meu corpo?

– Tenho/temos uma rede de apoio?

Rede de apoio são pessoas em que você confia e que vai/vão te ajudar/socorrer numa necessidade. Nem sempre a família ou amigo são uma boa rede de apoio, o perfil desta/as pessoa/as são a disposição para ajudar independente da situação. Aquelas que saem por último e depois de lavar a louça.

– Estou/estamos financeiramente pronta/prontXs para este processo?

Por último, mas não menos importante: a bufunfa… Especialmente no nosso país, acredito que esta questão tem sido cada vez mais recorrente. Incertezas no panorama econômico, taxas de desemprego preocupantes, instituições bancárias cada vez mais sedentas por lucro etc. Sabemos que este item é importante, porém ele só diz respeito ao lado de fora, os demais listados acima dizem mais respeito para o lado de dentro, seja este dentro um solo ou um nós.

Se você chegou até aqui, não desista! Sei que são pontos fortes e que dão muito o que pensar, mas é um ótimo começo. Enviem mensagens com suas dúvidas, sugestões ou só para dar um OI!

PS: as referências aqui no final estão bem boas!

PS2: Hey! Caso queira receber informações sobre as atividades que organizo é só clicar aqui

Referências:

Planejamento Familiar: Autonomia ou Encargo Feminino? Moreira, MHC; Araújo, JNG. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p. 389-398, set./dez. 2004.

Assistência ao Planejamento Familiar. Ministério da Saúde, Secretaria executiva de Coordenação de Saúde da Mulher. Brasília, 1996.

Psicologia da Gravidez. Maldonado, MT. Ed. Ideias e Letras, 2017. 248p.

Associação entre suporte social, depressão e ansiedade em gestantes. Baptista, MN; Baptista, ASD; Torres, ECR. PSIC – Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 7, nº 1, p. 39-48, Jan./Jun. 2006.

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3 respostas para “Quero engravidar, e agora?”

    1. Obrigada pela mensagem!! Escreverei mais sobre o tema para que todas as tentantes possam se sentir mais amparadas! Beijão.

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