Outubro chegou, e com ele a campanha “Outubro Rosa”, realizada mundialmente para promover a conscientização e alertar sobre prevenção, cuidados e diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas o que você sabe sobre a relação entre a amamentação e a prevenção do câncer de mama?
Quanto mais se amamenta, mais se previne
Amamentar é uma das formas da mãe se proteger do câncer de mama em todas as fases da vida, uma vez que reduz a exposição da mulher a hormônios que aumentam o risco de câncer e elimina células mamárias com mutações.
Um estudo recente constatou a redução de 22% no risco de contrair câncer de mama para as mulheres que amamentaram quando comparadas às que nunca amamentaram, chamando a atenção para os seguintes detalhes:
- Mulheres que amamentaram por menos de 6 meses, tiveram 7% menos chances de desenvolverem a doença;
- Mulheres que amamentaram de 6 a 12 meses, tiveram 9% menos de chances de desenvolverem a doença, e
- Mulheres que mantiveram a amamentação por mais de 12 meses, tiveram os riscos 26% menor de desenvolverem a doença.
Então, quanto maior o tempo de aleitamento materno, maior o benefício.
O que faz com que a amamentação seja tão responsável?
Não existe um estudo que esclareça completamente, mas existem várias hipóteses. Uma hipótese afirma que enquanto a mulher amamenta, ela bloqueia os ciclos de ovulação, diminuindo a sobrecarga hormonal. Ou seja, ela deixa de produzir uma quantidade maior de hormônios femininos nessa fase, e isso poderia ser uma possível explicação, já que grande parte dos casos de câncer de mama sofrem influência dos hormônios femininos.
Outra hipótese pode ser o fato da maior esfoliação das células dos ductos mamários durante a amamentação, fazendo com que estas células cheguem à exaustão, causando um descarte natural daquelas que com alguma alteração genética.
Amamentar é vida
É certo, ainda, afirmar que a amamentação hoje evita mais de 19.000 mortes por câncer de mama ao ano em 75 países de média e baixa renda. Porém, mais 20.000 mortes por esse tipo de câncer poderiam ser evitadas se os bebês fossem amamentados exclusivamente até os 6 meses de vida e, após a introdução alimentar, permanecessem em amamentação prolongada pelo menos até completarem 2 anos de idade.
Então amamente e encoraje a amamentação. As vezes pode parecer um pouco difícil, mas o apoio de uma consultora em amamentação ou de uma técnica especializada pode ajudar muito a estabelecer esse vínculo de forma tranquila e prazerosa.
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