Relato de Parto de Carolina Fofonka, nascimento de Malu – Gravataí/RS

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Eu queria muito ter um parto natural após ter feito uma cesariana do meu primeiro filho, mas estava com 38 semanas e ficando bem angustiada, pois não tinha nenhuma dilatação, nem contrações, e como eu já tinha uma cesárea prévia poderia esperar só até 41 semanas. Se eu não entrasse em trabalho de parto teria que fazer uma cesariana. O médico tentou me tranquilizar dizendo que eu iria entrar em trabalho de parto quando fosse a hora e me recomendou que fizesse duas sessões de acupuntura para parto.

Após as sessões, no dia 19/07 quinta feira, comecei a sentir algumas contrações leves e irregulares, o que indicava que ainda não era o trabalho de parto, mas que estava próximo. Fiquei bem contente, pois já estava com 39 semanas e 2 dias e ainda não tinha sentido nada significativo. Tomei banho meio dia e fui na manicure, depois fui fazer uma drenagem linfática. Embora irregulares, as contrações não pararam durante aquele dia, se intensificando no final da tarde. À noite um casal de amigos jantou conosco, e as contrações foram aumentando em frequência e intensidade.

Avisei a doula por volta de 20h, pois meu marido estava bem ansioso. Ainda estava na dúvida se era a hora mesmo, mas estava contente pois mesmo que não fosse ainda, meu corpo estava dando o recado que iria de fato acontecer. Então me preparei para esperar por algo que eu não sabia como ia ser, nem quanto tempo ia durar. Esta sensação de entrega era uma das coisas que eu queria experimentar quando optei pelo parto natural.

Tomei um banho e por volta das 22h, a doula disse para eu deitar e relaxar. Meu marido fez nosso filho Vicente dormir no nosso quarto e eu fui pro quarto das crianças. Ele estava muito nervoso, não conseguiu dormir. Eu dormi até as 2h, depois cochilei mais algumas vezes até as 4:30h, quando fui fazer xixi e perdi parte do tampão.

Neste momento caiu a ficha que era a hora de verdade. As contrações já estavam mais doloridas e não dava mais para dormir, neste momento fiquei feliz e com medo ao mesmo tempo. Por volta de 8h da sexta, dia 20/07, minha doula chegou, e ficamos todos mais tranquilos.

Depois que o Vicente acordou, minha mãe veio buscá-lo. Nos despedimos e a partir deste momento estávamos só eu, meu marido e a doula Andrea. Eu estava me sentindo bem tranquila, sem pressa, sentindo cada contração.

As massagens, banhos e trocas de posição ajudaram muito no alívio da dor. Consegui me alimentar bem durante o dia e descansar em alguns momentos entre as contrações. Me ajudou muito ficar em casa, me senti segura e amparada. A doula teve um papel fundamental em todo o tempo que estive em casa.

Conforme a tarde foi passando comecei a sentir necessidade de ficar mais quieta e também comecei a sentir o cansaço. Às 16h minha bolsa estourou, depois de pedir por whats pra minha mãe fazer uma oração! As contrações ficaram bem mais fortes e muito doloridas, então fui tomar um banho para irmos pro hospital.

Meu marido não conseguia dirigir, então chamamos nosso compadre para nos levar. O trajeto foi tenso, pois eu sentia muita dor a cada contração e na metade do caminho comecei a sentir vontade de fazer força. Eu gritava bastante e a cada puxo achava que a Malú ia nascer no carro.

Quando chegamos no hospital houve uma pequena confusão até conseguirmos chegar no centro obstétrico e nos encontrarmos com a médica. Não tinha sala de parto disponível, então o parto aconteceu em uma sala de cirurgia mesmo! Me senti meio assustada com a situação, e gritava muito de dor, mas assim que minha médica chegou me tranquilizei. Tudo correu bem!

Quando vi a médica a primeira coisa que pedi foi para levantar da maca, pois era bem dolorido ficar deitada. Depois pedi por anestesia, mas como estava com dilatação completa, e sentindo os puxos já há algum tempo, ela disse que a Malú já estava vindo, não valia a pena retardar o processo para uma anestesia naquele momento. Meu marido também disse a mesma coisa. Me enchi de coragem e fomos adiante. A sensação de estar na partolândia é difícil de explicar, a dor parecia insuportável, mas a única escolha era continuar pois já estava muito perto de ver minha bebê.

Como a sala não estava preparada para parto natural, a escada da maca foi improvisada como banco para o meu marido, que me ajudou a ficar de cócoras. Quando me disseram que ela estava vindo fiquei muito feliz e aliviada. Tive a impressão que foi rápido, ou pelo menos foi mais rápido do que eu imaginava que seria. Senti quando a cabeça da Malu saiu, logo depois saiu o corpo, e quando ela veio para o meu colo foi muito emocionante!

 Em seguida ela veio para o peito e ficamos juntas por uma hora. Embora nada fosse programado, correu tudo como eu quis, na verdade foi melhor do que eu imaginei. É incrível como a natureza e o corpo da mulher são perfeitos e tudo funciona na hora certa! A experiência de parir sem nenhuma intervenção externa foi maravilhosa, linda e emocionante. Sou grata por ter optado por este tipo de parto, e por todos que me ajudaram, incentivaram e apoiaram a minha escolha!

Carolina – Mamãe da Malu
Alexsandro – Papai da Malu
Fotos: Acervo pessoal da Carolina, por Andrea Gabech (postagem autorizada)
Hospital: Divina Providência – Porto Alegre/RS
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Carol, que a deusa te guie em tua maternagem e que tua família receba muitas bênçãos! Me sinto imensamente honrada em ter te acompanhado no teu VBAC! Grata pela confiança e entrega. Feliz por ter testemunhado a realização do teu sonho!  Mais uma vez, gratidão pelo teu relato!

E tu, mulher gestante, queres uma doula no teu parto? Resides no RS?
Me chama: remaenascer@gmail.com – 51-9987-62557
Vamos nos conhecer?! Posso ser tua doula!

Será uma honra te acompanhar nesta jornada que é gerar, parir e maternar!

Doula Andrea Gabech.

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