Métodos não farmacológicos para alívio da dor no parto

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No último post falamos sobre a temível dor do parto, a sua importância e o que está por trás de todo esse processo. Ainda assim, é comum sentir aquele friozinho na barriga, pois ainda que busquemos informações sobre como a dor é sentida, o processo é muito individual e isso pode mudar de mulher para mulher.

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Hoje, abordaremos sobre os métodos não farmacológicos para alívio da dor. Métodos o que? Você sabe o que é isso? Já ouviu falar? Como posso aliviar a dor do parto sem medicamentos?

O termo parece complicado, porém nada mais é do que tudo aquilo que pode ser feito como intervenção sem utilização de medicamento. Farmacológico por definição é “referente a ou fundamentado em pesquisas que tomam por base a farmacologia.”

Mas vamos ao que interessa…

Os métodos não farmacológicos para alívio da dor têm a finalidade de tornar o parto o mais natural possível, diminuindo as intervenções e até mesmo as cesarianas desnecessárias, resgatando a autonomia da parturiente, proporcionando sua participação ativa e de seu acompanhante.

Esses métodos devem ser apresentados durante o período do pré natal, para que a mulher possa junto à sua equipe ir se preparando e se familiarizando com àquele que lhe garante mais conforto, muito embora sabemos que no processo pode ocorrer desejos inesperados. E tudo bem! 🙂

Quais são esses métodos e o que a Doula tem a ver?

Durante a assistência perinatal a doula irá auxiliar e mostrar à pessoa grávida sobre cada método e qual o objetivo de cada um. No trabalho de parto e parto a presença da doula irá facilitar esse processo, permitindo que a parturiente escolha o mais confortável para aquele momento, tornando a experiência do parto mais positiva.
A doula também tem a capacidade de perceber quais desses fatores podem estar agindo no emocional da mulher e ajudá-la a passar por isso da melhor forma possível no momento.

Vamos listar alguns desses métodos de alívio da dor e dar conceito aos mais utilizados:

1. Doula;
2. Visualização e atenção na própria respiração;
3. Apoio do acompanhante;
4. Ambiente aconchegante: luz amena, música escolhida pela gestante, ou simplesmente nenhum som, privacidade, aconchego e respeito aos desejos da mesma;
5. Deambulação e posições específicas para facilitar a dilatação e a descida do bebê, tais como: balançar a pelve, dançar com o parceiro ou sozinha, caminhar, utilizar a bola suíça etc.;
6. Toques e massagens com óleos essenciais, carícias suaves, contrapressão na região lombar ou onde a gestante necessite;
7. Escalda-pés;
8. Utilização de aplicação de calor ou frio com bolsas de água quente ou fria, inclusive refrescando o rosto da parturiente com uma toalha;
9. TENS: estimulação elétrica transcutânea;
10. Imersão na água;
11. Acupuntura;
12. Aromaterapia;
13. Cromoterapia;
14. Banho morno por imersão ou não;
15. Acupuntura;
16. Rebozo

Respiração, relaxamento e visualização 

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A respiração ajuda aumentar a oxigenação durante as contrações permitindo que a gestante possa relaxar nos intervalos entre elas, sobretudo reduzir o nível de ansiedade. Além disso, relaxar pode fazer com que ela se desconecte do ambiente externo, das preocupações e pensamentos negativos. Isso pode favorecer a visualização, como seu corpo está trabalhando, como ele está recebendo essas contrações, do seu colo e o seu corpo se abrindo para a passagem do bebê.

Ambiente seguro e aconchegante

Flickr – ph: Jefferson Rudy

O ambiente, embora seja um fator externo, é super importante para que a mulher sinta-se confortável, a vontade e tranquila. A gestante pode optar também por uma luz mais penumbra, música ou até mesmo silêncio. Isso envolve também o acompanhante, a doula e a equipe, favorecendo a confiança da parturiente desencadeando a aceitação das etapas da evolução do parto.

Movimento 

Flickr – ph: Jefferson Rudy

A deambulação (movimento) tem como propósito reduzir a dor durante o trabalho de parto. A associação entre o movimento e a força da gravidade proporcionam à gestante um menor tempo na duração do período da dilatação, do expulsivo e melhor dinâmica da contratilidade uterina. Por isso é comum os partos verticalizados serem mais rápidos e diminuírem o risco de laceração e até uma possível intervenção desnecessária. Parto é movimento, ou seja, caminhar, dançar, agachar, uso da bola de pilates (suíça) todos esses movimentos favorecem não somente o alívio da dor do parto como a evolução dele.

Banhos

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Outra estratégia utilizada devido a estimulação cutânea, que através do calor superficial proporciona um efeito local e global na mulher. A água morna reduz a sensibilidade dolorosa. A utilização do chuveiro, proporciona alívio da dor lombar, que é comum dentre as parturientes. Já o banho de imersão (na banheira ou piscina inflável) além de relaxantes, ajudam a diminuir além da sensação de dor, o inchaço e descanso das pernas.

Massagens

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A massagem é um dos meios mais naturais e instintivos usados no alívio da dor e desconforto, já que reduz ansiedade e estresse, promove relaxamento muscular, diminui a fadiga muscular, tem ação sedativa e analgésica, traz aumento da consciência corporal, produz benefícios emocionais e equilíbrio.

Doula

Modéstia parte, a doula costuma vir com esse combo na sua assistência hahaha! É um fator quase que imprescindível durante o trabalho de parto.  A OMS indica a profissional, o Ministério da Saúde também e as evidências científicas apontam a redução do alívio da dor tornando a experiência do parto positivos para o binômio mãe-bebê.

Gostou? E você já tem uma Doula para chamar de sua?

Saiba mais acessando meu instagram: @rafaellaiv ou o formulário para maiores esclarecimentos https://form.jotformz.com/rafa_ivis/rafaela-ivis-doula

Imagem destacada: @5do12 fotografia

REFERÊNCIAS

Métodos não farmacológicos para alívio da dor https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/244/pdf

Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/metodos_nao_farmacologicos_de_alivio_da_dor.pdf

ESTRATÉGIAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO: EFETIVIDADE SOB A ÓTICA DA PARTURIENTE https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/110197/22089

Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: revisão integrativa http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/942

Diretriz nacionais de assistência ao parto normal – MS 2017 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf

NON-PHARMACOLOGICAL APPROACH TO PAIN RELIEF DURING LABOR
AS HARD-LIGHT CARE TECHNOLOGY: a systematic literature review http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/712/1/TCC%20TAINA%20E%20TAIS.pdf

Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: uma revisão sistemática http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072010000400022

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