A placenta é o sistema de apoio do seu bebê no útero. Se sua placenta não funcionar corretamente, seu bebê corre o risco de ter problemas de saúde. O descolamento da placenta ocorre quando a placenta se afasta da parede do útero antes do nascimento do bebê.
A placenta, órgão que se desenvolve no útero durante a gravidez, liga-se à parede do útero e fornece ao bebê nutrientes e oxigênio. Se a placenta se separa parcial ou completamente da parede interna do útero antes do parto, isso pode diminuir ou bloquear o suprimento de oxigênio e de nutrientes do bebê e causar sangramento intenso.
O descolamento da placenta acontece de repente, sem aviso prévio. É mais comum a partir da 20ª semana de gestação. Se não tratado, coloca em risco a vida da mãe e do bebê.
É uma complicação incomum – apenas cerca de 1% de todas as mulheres grávidas terão um descolamento de placenta – porém grave, da gravidez
Nesse post você vai encontrar
O que causa o deslocamento de placenta?
As causas do descolamento da placenta não são completamente conhecidas pela medicina. No entanto, algumas mulheres correm maior risco de ter essa complicação.
Os fatores de risco mais comuns para descolamento prematuro da placenta são:
- Pressão arterial elevada (140/90 ou superior)
- Episódio anterior de descolamento da placenta
- Fumar durante a gravidez
- Idade materna, sendo mais comum depois dos 40 anos
Os fatores de risco menos comuns para descolamento prematuro da placenta são:
- Uso de cocaína
- Ter uma cicatriz de uma cirurgia do passado ou um mioma uterino onde a placenta deveria se prender à parede do útero
- Lesão uterina, que pode ocorrer devido a um acidente de carro, uma queda ou violência física e doméstica
- Ruptura prematura das membranas (saco amniótico)
- Distúrbios de coagulação do sangue
- Gravidez múltipla
Como saber se você tiver um descolamento de placenta?
Existem alguns sinais de um possível descolamento da placenta. Na maioria dos casos de descolamento de placenta, será diagnosticada uma perda óbvia e volumosa de sangue via vaginal. Mas você também pode sentir desconforto e sensibilidade ou dor súbita na barriga ou nas costas. Às vezes, esses sintomas podem ocorrer sem sangramento vaginal. Cerca de 20% dos casos não apresentam sangramento porque o sangue fica preso atrás da placenta. Veja como isso ocorre nessa imagem:
Se o seu médico suspeitar de descolamento de placenta, ele fará um exame físico para verificar a sensibilidade ou rigidez uterina. Nem sempre é possível ver um descolamento da placenta no ultrassom.
Todo sangramento é sinal de Descolamento de Placenta?
Não. Nem todo sangramento na gestação é sinal de descolamento de placenta, mas é importante dignosticar a causa. Um sangramento pode acontecer também por conta de placenta prévia, pólipos uterinos, vasos sanguíneos que arrebentam durante a relação sexual ou alterações hormonais.
Qual é o tratamento em caso de descolamento de placenta?
O tratamento do descolamento da placenta depende de quão grave ela ocorre.
Se você tiver menos de 34 semanas e apenas uma pequena parte da placenta se separar do útero, você poderá ser internada para ser monitorada de perto a fim de garantir que o bebê esteja crescendo adequadamente e para observar possíveis sinais de trabalho de parto. Bem provável que você receba líquidos intravenosos e transfusões de sangue durante o período de internação.
Se houver risco de seu bebê não crescer adequadamente, o trabalho de parto pode ser induzido.
Se o descolamento for mais grave, com grande perda de sangue, e o bebê estiver em perigo ou correndo o risco de não crescer adequadamente, pode ser necessário acelerar o nascimento. Se isso ocorrer no período expulsivo: o parto poderá ser instrumentalizado, se ocorrer fora do período expulsivo: será uma cesariana de emergência.
Trata-se, no fundo, em muitos casos, de pesar riscos e benefícios para a gestante e para o bebê.
Quem teve descolamento de placenta anteriormente pode ter um parto normal?
Sim, isso é plenamente possível. Porém, há de se observar a possibilidade de um novo descolamento de placenta, pois caso a origem do primeiro descolamento não tenha sido um fator mecânico (acidente de carro, quedas, violência física ou doméstica) e sim uma questão clínica da gestação (pressão alta, por exemplo) há chances desse quadro se repetir, o que levará a necessidade de um acompanhamento no pré-natal mais criterioso.
Informação serve para a gente não ficar refém de médicos cesaristas e desatualizados. Não para a gente achar que as coisas mais graves do mundo irão ocorrer conosco. A maior parte das mulheres terá uma gestação de risco habitual e tranquila.
Mas, eu sei que esse período gestando é cheio de medos e incertezas. Se você precisar de mais algum suporte ou conselho, saiba que estou aqui para apoiá-la.
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Um beijo de doula e seguem as referências que embasaram meu texto 😉
Enciclopédia Média Americana https://medlineplus.gov/ency/patientinstructions/000605.htm
Revista da Associação Médica Brasileira http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302006000300008&script=sci_arttext&tlng=pt
Placenta, árvore da Vida https://blog.casadadoula.com.br/gravidez/placenta-a-arvore-da-vida/