Doula: ter ou não ter, eis a questão

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Ter ou não ter uma doula? A gravidez é uma fase complexa. Apesar de cada mulher ter o seu processo pessoal e intransferível, se existe algo em comum são… dúvidas! Muitas dúvidas e questões, num mar de informações, palpites, sites, documentários, conselhos (muitas vezes não solicitados), uma oferta infinita de produtos e serviços, e apenas o desejo e a certeza de querer o melhor para si e para o serumaninho dentro da barriga.

Uma das dúvidas que ouço muito é sobre ter ou não ter doula. Apesar da procura por doulas seguir aumentando muito nos últimos anos, ainda há muitas pessoas com ideias equivocadas sobre essa profissional e o que de fato ela faz e pode fazer por você.

Nesse texto, vamos ter um panorama sobre esse lindo e maravilhoso trabalho, porém vamos focar num questionamento que muitas mulheres se fazem e que é pouco discutido por aí:

“Eu sou uma mulher moderna, urbana, não sou hippie e acho esse lance de doula muito Nova Era. Acho que não combina comigo, não me identifico com essas coisas.”

Essa é uma questão importante, e trago ela nesse texto porque já vi mulheres desistirem de ter doula por esse exato motivo!

Tem doula pra todo mundo

Há um imaginário que ao contratar uma doula você necessariamente terá que pintar a barriga, fazer chá de bençãos, ouvir falar sobre chakras, usar óleo de coco e entrar para a seita do sagrado feminino. Mas vou te contar uma coisa: isso não é verdade. A não ser que você queira.

Existem diversos tipos de doula, com formações, abordagens e linhas de trabalho diferentes.

E não há o melhor ou o pior jeito: existe aquele que fará bem para você! Aquele que te fará se sentir segura, amparada, informada e fortalecida para um dos momentos mais desafiadores da vida da mulher: parir.

Por isso, é fundamental que a escolha da doula seja feita com muito critério, cuidado e paciência, para que você possa encontrar a que mais combine com você, com seu jeito, suas crenças e convicções.

Por onde começar?

Infelizmente (ou felizmente), não existe um Tinder para encontrar sua doula e dar match com a aquela ideal para você.

Porém você pode seguir essas dicas para ser bem-sucedida na sua busca:

  • tenha em mente o que você procura: o que é importante para você numa doula?
  • peça indicações : vale muito a pena perguntar para suas amigas que já tiveram doulas como foi a experiência delas e já ir anotando uns contatos;
  • pesquise pelo instagram e outras redes sociais: já vai dar pra você ir sacando o modo de trabalho das doulas por essas plataformas;
  • frequente rodas de gestantes de coletivos de doulas: é um bom modo de conhecê-las e compreender as linhas de trabalho;
  • marque entrevistas: conheça suas possíveis doulas pessoalmente, olho no olho, e faça todas as perguntas que julgar necessário para se sentir segura na escolha. Seja sincera com suas expectativas, medos e desejos. Quando mais aberta essa conversa, melhor para as duas;
  • escute sua intuição e confie em você: você saberá escolher;
  • lembre-se de que doulas são profissionais e não gênios da lâmpada. Elas não existem para realizar seus desejos, mas sim para te amparar, fortalecer, e estar junto contigo nessa, prestando apoio físico, emocional e informativo baseado em evidências científicas.

Combinado não sai caro

Doula escolhida, prepare-se para o primeiro encontro. Você pode escolher estar sozinha com ela nesse momento, ou se tiver um companheiro ou quiser a companhia da sua mãe, ou de uma amiga, também pode.

Anote num papel todas as dúvidas que forem surgindo, para que você não esqueça de perguntar ou falar nada nesse primeiro encontro! Isso será bem importante para você se sentir segura com sua escolha.

E aproveitem para combinar o máximo de coisas possíveis: valores, número de encontros, formas de comunicação, diga o que você espera dela, escute o que ela diz sobre como pode te atender para que você possa ajustar suas expectavas… aproveite e abra o seu coração!  Quanto mais sincera você for, maravilha! Afinal, quem melhor do que você para falar sobre você mesma, não é mesmo?

Boa sorte!

“Se a doula fosse um remédio seria antiético não receitar”  John H. Kennell.

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Referências Bibliográficas

Estuda, Melania, Estuda! – Estudando sobre doulas http://estudamelania.blogspot.com/2012/08/estudando-sobre-doulas.html

Evidências qualitativas sobre o acompanhamento por doulas no trabalho de parto e no parto                                                               https://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001000026

O papel da doula na assistência à parturiente http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/380

 

 

 

 

 

 

 

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