O que é parto induzido?

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Precisa induzir seu parto para o seu bebê nascer?

Então vem comigo! Vamos conversar sobre como é a melhor maneira de induzir o nascimento do seu bebê, quais indicações e reais motivos, quais mecanismos utilizar e os riscos que esses procedimentos e intervenções podem trazer a mulher e ao bebê!

É bom salientar que muitas gestantes terão indicações médicas para interromperem a gravidez antes do inicio do trabalho de parto. E para isso, muitos ainda acreditam que é a cesariana que é a solução. Mas não!

Fotografia por ChrisTefme

Induzir o parto, seja por qual indicação for, ainda é a melhor saída, é uma tentativa do nascimento se dar pela via vaginal, além de ser mais seguro! E já sabemos é a melhor forma de nascer que existe!!!

Então, quais são as indicações para realizar uma indução?

Já sabemos que o procedimento é indicado quando algo possa acontecer que venha a prejudicar a saúde da mulher e o do bebê. E os principais motivos para que se interrompa uma gravidez são:

  • Gestantes com níveis elevados da pressão arterial durante a gestação e principalmente no final da gravidez,
  • Diabetes gestacional,
  • Infecções maternas,
  • Rotura da membrana amniótica ou bolsa rota
  • Comprometimento do feto, ou seja, por presença de má formação, ou parada de desenvolvimento.
  • Gestação pós- termo, com 42 semanas, que não entraram em trabalho de parto naturalmente.

Esses são as indicações para se induzir o parto. Tudo depende muito da avaliação médica e como foi todo o período do pré-natal. E para isso o obstetra avalia todo um conjunto de fatores para que a indução seja iniciada. Utiliza-se o índice de Bishop que avalia as seguintes características:

  • Altura da apresentação do feto na pelve da mulher: índice numérico -3, -2, -1, 0 +1, +2, para avaliar a altura do bebê, se o mesmo está alto (-3) ou se já encaixou completamente ou se já está bem baixinho (+3)!
  • Dilatação cervical: 0 a 10 cm, sendo 10cm dilatação total
  • Apagamento do colo em % (índice em % referente a essa dilatação)
  • Posição fetal: posição posterior, intermediária e anterior,
  • Consistência do colo: firme, intermediário e amolecido.

Dessa forma, avaliando esses dados, o médico juntamente com os pais escolhe o melhor método para iniciar a indução.

E quais são eles ????

O MISOPROSTOL!

Fotografia: Pixabay

Vamos começar pelo o famoso, MISO! O Misoprostol é um comprimido que possui prostaglandina (um dos hormônios responsável pelo trabalho de parto), e tem como função principal preparar o colo do útero. Geralmente é o primeiro método a ser usado e o preferido dos médicos!

O comprimido é introduzido na vagina pelo médico para que esse colo comece a amolecer  e com isso estimule o aparecimento das  contrações uterinas.  Podemos usar de 6 até 8 comprimidos.
Vale salientar que cada mulher irá reagir de uma forma diferente ao uso do medicamento, algumas poderão entrar em trabalho de parto logo no primeiro ou segundo miso, outras podem chegar até o oitavo.

Importante também dizer que assim que se insere o miso na vagina, é preciso que a gestante mantenha-se quieta, de preferência deitada pelo período de uma hora para que não corra o risco do comprimido seja expelido.

Após esse período é interessante que ela permaneça ativa, caminhando livremente, sem restrições, pode tomar banho, lembrando que a água morna ajuda bastante, ficar na bola, fazer agachamentos que irão ajudar a estimular a dilatação e contrações!

Assim que as contrações se iniciam de forma efetiva, o médico para com a inserção do miso. Pois o trabalho de parto iniciou e agora as contrações irão terminar  de dilatar o colo!

Mas acontece também de e se chegar no oitavo e nada acontecer… Dessa forma a mulher será avaliada e dependendo de como o colo esteja,  outros métodos podem ser utilizados em conjunto, tais como a sonda de foley ou a ocitocina.

Quais os riscos do misoprostol?  Possui maior chance de taquissistolia e hiperestimulação uterina, podendo causar sofrimento fetal. Por isso a monitoração fetal frequente é imprescindível para um bom resultado!  A principal contraindicação é a mulher que possui uma cesárea anterior, pois aumenta o risco de ruptura uterina.

Então, paciência é a palavra chave e estar com uma equipe que respeita o desejo da mulher em um parto vaginal, tem um índice maior de sucesso! E muito amor, um aliado que deve estar sempre presente!

Sonda de Foley ou balão

Fotografia:BabyCenter

A inserção da sonda de Foley é um método mecânico, ou seja, não se utiliza de drogas sintéticas. Por isso é bastante recomendado por ter um efeito similar ao do misoprostol, que irá favorecer o amadurecimento do colo do útero.

É uma ótima opção para gestantes que tem contraindicação para o uso de misoprostol.

Pode ser realizado no próprio consultório médico, onde a sonda é inserida no colo do útero com um pequeno balão na ponta e o mesmo é inflado. A sonda fica tracionada e fixa na perna da mulher, forçando, assim, o colo e estimulando a liberação de prostaglandina e com isso reduzindo o colo. A gestante pode ir para casa aguardar um prazo máximo de 24 horas.

Alguns profissionais indicam o uso da sonda quando a mulher se encontra com pelo menos 1 cm de dilatação, facilitando assim a inserção do balão e causando menos desconforto para a mulher.

Ou a sonda irá “cair” sozinha ou será retirada em um prazo máximo de 24 horas. Se a  mesma “cair”, significa que a gestante evoluiu algum grau de dilatação. Assim como no uso do miso, a reação com a sonda varia de acordo com cada mulher. Podendo-se entrar em trabalho de parto rapidamente  e outras precisarem ainda da ajuda da ocitocina.

Infelizmente no Brasil esse excelente método não é muito utilizado. Apesar de ser muito indicado para quem já passou por uma cirurgia de cesárea pois apresenta pouquíssimos riscos!

Então mulher, se informe e discuta com o seu obstetra sobre a colocação da sonda, é uma ótima opção!!

OCITOCINA

Fotografia: Katia Ribeiro

Esse é o famoso hormônio do amor!! A ocitocina um dos principais hormônios para que o parto aconteça de forma natural.

Porém quando da forma sintética causa muito medo nas gestantes por fazer o útero contrair de forma mais dolorosa do que o hormônio natural produzido pelo próprio corpo da mulher.

Mas em alguns casos será necessário o uso da ocitocina sintética e é uma forma de indução do parto. Que sendo bem indicada resulta quase sempre em um parto via vaginal.

A ocitocina é aplicada na veia da paciente juntamente com um soro para que as contrações uterinas sejam estimuladas. É recomendado iniciar com doses mínimas para que seja observado como a parturiente irá reagir com o hormônio e assim ir aumentando gradativamente.

Acontece que no Brasil vemos um uso indiscriminado da ocitocina na grande maioria das mulheres que chegam aos hospitais para parir; com o objetivo de acelerar o trabalho de parto e todo o processo que a mulher está passando.

Isso é considerado violência obstétrica, pois não são todas as mulheres que precisam utilizar esse método de indução. Fazer o uso em uma gestante que está com o colo grosso, fechado, imaturo, pode causar dores imensas fazendo com que a mulher se canse muito rápido e não tenha energia para passar pelo trabalho de parto. Mas quando o colo já foi preparado com o miso ou a sonda de foley e já está dilatando de forma progressiva é uma indicação para regular as contrações.

Existe a indicação adequada de se utilizar esse tipo de intervenção, pois o principal risco são as contrações excessivas, os batimentos cardíacos fetal não tranquilizadores e o apgar muito baixo.

Pode ser usada em mulheres com cesárea prévia desde que com monitoração frequente.  E deve ser usado somente em partos hospitalares.

DESCOLAMENTO DE MEMBRANAS

Fotografia: MomJunction

Esse é também um procedimento mecânico e que não utiliza medicação. Porém é uma tentativa de ajudar, mas não existe garantia de que isso irá acontecer.  É uma forma de fazer com o que o corpo da mulher libere a prostaglandina para que comece a contrair.

Para que o médico consiga realizar esse método de indução, a gestante precisa estar com pelo menos 1 cm de dilatação: com os dedos, ele irá descolar as membranas da bolsa amniótica, do segmento inferior do útero, tentando, assim, liberar prostaglandina. É um procedimento muito realizado em mulheres que estão se aproximando de 41 semanas, pois a chance de já ter algum tipo de dilatação é maior.

O descolamento das membranas quase não traz riscos associados, pode ser realizado em quem tem cesárea anterior e demorar alguns dias para fazer efeito ou não ter efeito algum. Por isso deve sempre ser explicado a mulher como funciona e ser autorizado pela mesma.

A maioria das gestantes refere dor ou um grande desconforto, e terminam perdendo um pouco de sangue.

Acontece que no Brasil, a maioria dos médicos tem como praxe o exame de toque de forma rotineira durante o pré-natal, prática sem qualquer embasamento científico. Mas aproveitam o exame de toque para realizar um descolamento de membranas sem a devida autorização da mulher.

Então se está tudo bem com a mãe e o bebê, não temos motivos para querer acelerar o processo.  Esse método deve ser usado se necessário e se a mulher desejar.

E o que digo para você que está com uma indução marcada:

  • Como sabemos, parto é uma caixinha de surpresa, então:
  • Muita calma nessa hora!
  • Namore! Namore muito! Relações sexuais e carícias ajudam a estimular o trabalho de parto!
  • Um bom escaldas pés, mesmo que no hospital ajuda bastante!
  • Coma comidas picantes!
  • Tome banhos quentes, se for na banheira melhor ainda!
  • Pensamento positivo e muitas reboladas! 

Paciência e muita, muita conexão com seu bebê!!

Para saber mais sobre meu trabalho, entre em contato!

@bella_doula – 31-992168008

Referências Bibliográficas:

Métodos para indução do partohttp://www.scielo.br

 

 

 

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