Parir não é uma questão de querer ou não sentir dor.
É saber o tamanho da sua própria força.
É confiar que tudo dará certo, mesmo conhecendo cada limitação pessoal, não ter certeza se seremos boas mães, se tudo será como o sonhado no parto, se a amamentação vai ser difícil ou fluída. É ter um mundo de cobranças e de alegrias a cada chute.
De sentir prazer em toda compra e presente feito para o bebê, como se a pequena peça tornasse ele mais e mais real do lado de fora.
É ter carinho por todos os lados, como se o mundo girasse ao redor do seu umbigo, que nem está mais ali.
O esperar por cada ultra
Esperar por cada contração para poder gritar, para o mundo, para sí: Sou mãe!
Para as mães de segunda viagem, a participação do filho mais velho durante o parto pode ser uma experiência ótima, para todos.
Além de reforçar laços, facilita muitas vezes na aceitação do novo membro pelo primogênito.
Nesse post você vai encontrar
Como você vai escolher que seja o final da gravidez?
Bebês que nascem em um parto normal respeitoso graças à escolha de seus pais já nascem com algumas vantagens como:
- Não sofrer nenhuma intervenção desnecessária ao nascer (aspiração, banho, colírio, separação da mãe).
- Receber todo o sangue que percorre o cordão e placenta <3 O que significa 100ml de sangue a mais, prevenção de anemia na primeira infância, aumento significativo de ferro e recebimento completo de células tronco <3.
- Nascer com os pulmões plenamente maduros, o que diminui muito os riscos de precisar de UTI Neonatal por desconforto respiratório.
- Sair do quentinho do útero direto para o calor dos braços e peito da mãe e lá ficou, mamou já nos primeiros minutos de vida.
- Esse bebê tem chances menores de desenvolver alergias de pele e respiratórias na sua vida.
- O Sistema imunológico dele já foi ativado logo durante o nascimento ao entrar em contato com a flora presente no corpo da mãe
As chances de ter um parto normal no Brasil são menores que 40%.
É preciso muito mais do que “sorte” se você busca por um parto normal respeitoso no Brasil. Nosso país é reconhecido internacionalmente justamente pelo grande número de cesáreas desnecessárias realizadas e na contramão dessa turma você vai encontrar outras profissionais como eu: Doulas!
Com suporte físico e emocional contínuo, a Doula resgata o laço ancestral entre mulheres que apoiam outras mulheres. É um serviço que reúne muita empatia, autonomia, profissionalismo, informação de qualidade e profunda dedicação.
De acordo com a sua necessidade a doula pode indicar leituras, outros profissionais para suporte, movimentos que estimulem o autoconhecimento, realizar massagens e auxiliar nas dúvidas tão frequentes durante a gestação sempre com informações baseadas em evidências científicas atualizadas.
As trocas sobre impressões e vivências junto à condutas hospitalares e processos naturais do parto são ricas e levam à mulher atendida não apenas conforto, mas a experiência de quem já assistiu inúmeras outras mulheres em transformação percorrerem seus próprios caminhos.
A Doula não empodera, ela oferece as melhores ferramentas para que a mulher e sua rede de apoio façam isso por sí mesmos com autonomia durante o Trabalho de Parto e depois.
Com apoio contínuo físico e emocional já durante a gestação e quando possível também durante o parto e pós parto. Através de diversas técnicas não farmacológicas a Doula proporciona a mãe-parturiente ambiente o mais acolhedor, tranquilo e seguro possível proporcionando assim um maternar saudável. Ajuda no alívio de dores, relaxamento e entrega.
Foi apontado, em um estudo global (Klaus & Kennel, 1993), que a presença da Doula no trabalho de parto traz benefícios eficientes:
- Redução de 50% nos índices de cesariana;
- Redução de 25% na duração do trabalho de parto;
- Redução de 60% nos pedidos de analgesia peridural;
- Redução de 30% no uso de analgesia peridural;
- Redução de 40% no uso de ocitocina;
- Redução de 40% no uso de fórceps.
Outros estudos também mostram claramente que a presença da doula no pré-parto e parto trazem benefícios de ordem emocional e psicológica para mãe e bebê, incluindo resultados positivos da 4ª a 8ª semanas após o parto:
- Aumento no sucesso da amamentação;
- Interação satisfatória entre mãe e bebê;
- Satisfação com a experiência do parto;
- Redução da incidência de depressão pós-parto;
- Diminuição nos estados de ansiedade e baixa auto-estima.
Você não pode tentar o parto normal
Já viu alguém tentar tomar banho, ou tentar aprender uma nova habilidade? Quando você está realmente comprometido com algo e quer do fundo da sua alma que aquilo se torne real você diz: Eu quero um parto normal.
“Mas Sam, algo fora do meu controle pode acontecer e eu não conseguir”
Sim, pode. E essa é a realidade de muitas mulheres Brasil a fora. A diferença é que você vai saber sempre que você fez tudo o que era possível naquele momento para viver a melhor e mais segura experiência de nascimento. Tudo! Lidar com o parto real, o parto que não sai exatamente como estava lá no mundo dos sonhos, fica muito mais fácil.
Você pode ficar com raiva, frustrada, decepcionada – com os outros- mas não com você. Porque você se respeitou a todo momento no processo. Respeito que começa assumindo seu lugar no mundo e o que você deseja viver nele.
Eu quero um parto normal é uma frase que pode mudar vidas e espero, de coração, que mude a sua a partir daqui.
Beijo da Doula