Há muitos relatos de mulheres que tiveram experiencias ruins no parto , seja ele cesariana ou parto normal , nesse caso não há importância da via de nascimento , violência é violência pronto e acabou ! Mulheres que foram humilhadas , desrespeitadas , constrangidas , amarradas , impedidas de se ter o contato pele a pele com seu bebê , sem poder segura-lo e amamenta-lo , desrespeito a escolha da mulher sobre os procedimentos dela ou do recém -nascido, uma mulher que foi silenciada em um momento que deveria ser maravilhoso.
Nesse post você vai encontrar
O que é violência obstétrica?
Episiotomia – imagem do google
A violência obstétrica ela é seríssima pois pode ocasionar depressão , suicídio, rejeitar o bebê por culpa-lo pelo que ela passou , problemas com a amamentação , problemas no relacionamento do casal .
Apesar de bastante comum, a violência obstétrica continua a ser uma forma de violência pouco reconhecida. A violência obstétrica é a violência contra as mulheres no contexto da assistência à gravidez, parto e pós-parto. As formas mais correntes de violência obstétrica incluem abusos físicos ou verbais, práticas invasivas, desumanização .
O que ás pesquisas dizem ?
Segundo a pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos espaços públicos e privados ” que foi divulgado em agosto de 2010 , uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. Este número pode estar sendo minimizado por conta de mulheres que não sabem ou não tem conhecimento do que é a violência obstétrica.
Os dados foram recolhidos tanto em hospitais públicos quanto em hospitais privados e o resultado foi adquirido , que 25 unidades em 176 municípios espalhados pelo Brasil , tem relatos de violência obstétrica , as mais conhecidas são : a episiotomia e a manobra de kristeller , mas não é só isso que é caracterizado como violência.
Ao menos 23% das mulheres que foram ouvidas , ouviram relatos e frases como essas :
- 10% – Não chora não que ano que vêm a gente se vê de novo
- 14%Na hora de fazer não chorou , não chamou a mamãe , porque está chamando agora?
- Se ficar gritando vai fazer mal pro bebê , seu bebê vai nascer surdo.
Outras relaram de terem sofrido alguma violência no atendimento e ás queixas foram :
- 10% – Exame de toque doloroso
- 10% – Não oferecimento de alivio para dor
- 9% – Não receberam informações sobre o atendimento
- 8% – Atendimento negado
- 7% – Xingamentos ou humilhações
Outras frases ouvidas que não foram relatadas no estudo , mas que foram relatas por mulheres que já acompanhei foram :
- Na hora de fazer não gritou
- Vamos fazer a cesárea sim , porque eu já reuni a equipe
- Mãezinha vamos fazer um piquezinho aqui
- Sobe nela para o bebê nascer
- Está na hora de fazer força mãezinha
- Procedimentos desnecessários no bebê , sem seu consentimento
- Impedir o contato pele a pele
- Impedir a amamentação
- Não deixar o campo da cesárea a baixado
- Manobra de Kristeller
Como denunciar a violência obstétrica ?
É indispensável denunciar os casos , pois há como denunciar os orgãos responsáveis e solicitar providencias administrativas ou propor debates , audiências públicas , a cerca da qualidade dos serviços ou direitos violados.
A denúncia pode ser através dos serviços de atendimento á mulher pelo número 180 , central de atendimento á mulher , pelo Disque Saúde (Ouvidoria geral do SUS ) pelo número 136 , ou procurar a Defensoria pública do seu estado ou o Ministério Público Federal . A baixo explicarei a diferença de cada uma.
Defensoria Pública
A defensoria pública atende gratuitamente cidadãos com renda segundo os critérios por eles estabelecidos , não pode ter uma renda superior a 3 salários mínimos , aonde tem que ser demonstrados por meio de comprovantes de pagamento , carteira de trabalho .
Ministério Público Federal
Em 2014 o Ministério Público Federal instalou um inquérito para investigações de violência obstétrica e recolhe denúncias através da sala de atendimento ao cidadão . Ás denuncias são de extrema importâncias para a identificação dos estabelecimentos que estão utilizando formas abusivas , aonde reparações individuais devem ser buscadas por meio de advogados particulares ou pela defensoria pública.
O que levar para abrir o processo ?
- Cartão de Gestante
- Protocolos da(s) denúncias se houver ,
- Cópia do Prontuário de atendimento do hospital ou unidade de saúde onde você foi atendida.
Procedimentos que são considerados como violência obstétrica
- Acompanhante Negado – , Lei nº 11.108. LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005. Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
Imagem do google
- Violência Emocional – São exemplos de violência Emocional , durante o parto , frases como foram descritas a cima .
- Episiotomia – Corte feito entre o ânus e a vagina. A episiotomia trás mais malefícios do que bem , segundo estudos.
Imagem do google
- Ocitocina Sintética – Para acelerar o parto , ele é chamado pelos profissionais de saúde como ” sorinho ” . O maior problema é que ele é usado indiscriminante , á mulher sente mais dor que acaba ocasionando outras intervenções em efeito cascata, como analgesia e consequentemente BCF”S intranquilizadores , até desencadear em uma cesárea , logo começam procedimentos desnecessários no bebê , e tudo isso poderia ter sido evitado se não tivesse dado o hormônio , sem á real indicação .
- Manobra de Kristeller – A manobra de kristeller ela é realizada tanto no parto normal quanto na cesárea , na manobra de kristeller o profissional de saúde sobe na mulher e deita na sua barriga pressionando o bebê para baixo. Neste procedimento pode ocasionar lesões graves para a mãe , como fraturas de costelas e descolamento de placenta. Já no bebê pode ocasionar traumas encefálicos . Segundo nascer no Brasil , da Fiocruz 37% das mulheres tiveram um profissional pressionando á sua barriga durante o trabalho de parto.
Imagem do google - Tricotomia e Enema – São procedimentos que não devem ser adotados , pois são desnecessários.
- Exame de Toque – É um procedimento doloroso e incômodo , principalmente no trabalho de parto . Esse exame não deve ser feito toda hora , há médicos que fazem com frequência nas últimas consultas do pré – natal. Durante o trabalho de parto a gestante se tiver coma bolsa roto , aumenta o risco de infecções . O exame deve ser feito de forma criteriosa e sempre com o consentimento da mulher .
- Alimentação – A mulher no trabalho de parto deve tentar comer e ingerir alimentos , leves e beber bastante liquido. Há mulheres que ficam horas sem comer no trabalho de parto. Chocolate e Mel são recomendados para dar á mulher pois dão energia.
- Cesárea sem real indicação – É considerada uma forma de violência obstétrica pois agendar o parto sem a real necessidade . No Brasil , país lider em nascimentos por meio de cirurgias , ás mulheres são constantemente enganadas por indicações falsas de cesárea (circular de cordão , bebê pequeno demais, grande demais , mães obesas , magras , baixas e altas… )
- Posição Para Parir – A mulher deve ter liberdade para se movimentar e escolher a posição que quiser para parir . Quanto mais verticalizada melhor.
- Analgesia – O anestesia ele deve interferir o menos possível na medicação , para que a mulher possa continuar se locomovendo , durante o trabalho de parto e na cesárea não drogar a mulher ao ponto dela não ver o filho nascendo ou não poder segurar o bebê.
- Contato Pele a Pele e Amamentação : Independente da via de parto , deve ser levado aos braços da mãe e colocado para amamentar , normalmente na cesárea o bebê é levado para longe da mãe s ó entregue a ela horas depois .a baixo mostro uma imagem como o bebê pode ser deixado com a mãe após a cesárea.
Bebê mama após a cesárea – Foto : Kátia Ribeiro
Bibliografia :
http://www.spm.gov.br/area-imprensa/ultimas_noticias/2011/03/fundacao-perseu-abramo-disvulga-pesquisa-201cmulheres-brasileiras-e-genero-nos-espacos-publico-e-privado201d
Pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado 2010
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11108.htm
https://www.artemis.org.br/violencia-obstetrica
Organização Mundial da Saúde – Um Passo Contra a Violência Obstétrica
https://portal.fiocruz.br/noticia/documentarios-mostram-rotina-de-medo-e-de-silencio-que-envolve-os-partos-no-pais
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/download/978/pdf_345