Quando a gente começa a contar a gestação em semanas, dependendo de como a gente encara as mudanças do corpo, parece que, ou passa voando, ou não passa nunca. Essas três semanas também estão juntas porque, fora pequeníssimas mudanças mais de ordem emocional e hormonal, de novidades mesmo, não tivemos nenhuma.
A única coisa que aconteceu de diferente foi a questão da marcação da Ultrassom. Vou contar logo mais no decorrer do texto.
Nesse post você vai encontrar
Cabeça e coração de grávida – Como estou por dentro.
Quero compartilhar com vocês que, assim como uma boa parcela das mulheres, levei um baita susto com essa gestação. Não que ela não tivesse sido desejada, mas ela não foi humanamente planejada para agora (digo isso porque pra gente, humanamente falando, não era momento. Mas acreditamos que Aquele que rege nossa vida tem tudo escrito e planejado desde sempre), mas sim um pouco mais pra frente.
Meu marido e eu optamos pelo uso do Método Billings. Os motivos são inteiramente pessoais e não serão considerados nesse texto. Quem quiser conhecer o método, procure o CENPLAFAM de sua região.
Eu estava num momento de voltar minha atenção, em boa parte, para meu trabalho de doula e atendimento às gestantes, com palestras, círculos de bate papo e muito estudo, principalmente para produzir textos bons para vocês que acessam nosso BLOG LINDOOOOOOOOO (Bjuuss Saaammm!!).
Minhas duas meninas (8 e 2 anos) na escola, “independentes”, cada uma no seu tempo. Eu estava então num momento de voltar minha mente e minha energia para aquilo que eu amo de paixão: a doulagem e tudo que envolve o gestar, a parturição e o puerpério. Na minha cabeça tudo estava planejado para, assim que eu me reconsolidasse como doula, aí sim, nosso terceirinho seria encomendado hahahaha.
Só que Aquele que nos guia não pensava assim. Achou melhor que essa nova pessoa viesse agora!! Nos pegou de surpresa e num piscar de olhos, desfez os meus projetos já prontos (na minha cabeça).
E sabe… confiamos que se Ele achou melhor, será melhor de fato. Ele não nos decepcionou até hoje, muito pelo contrário.
Mas, obviamente que minha cabeça humana e do mundo, deu uma surtada geral de ter os planos (de pelo menos um ou dois anos) adiados e modificados. Também fiquei confusa, chorei muito, desabafei com as amigas doulas (gente, de verdade, se você ainda não tem, ENCONTRE SUA DOULA DO CORAÇÃO, é a pessoa que vai ter o melhor ombro pra te emprestar quando você precisar dar uma surtada, seja na gestação, no parto ou no pós parto) e também com o marido: “Vou ter que parar, de novo? Logo agora que comecei a engrenar minhas doulagens… Vou mandar esse bebê pro trabalho com você. Se eu cuido das duas no meu trabalho, você também pode!”. (Não vou entrar no mérito dos discursos de igualdade trabalhista, parental e de gênero aqui… mas isso deveria ser comum, né? Rsrsrsrs – pelo menos, na minha cabeça kkkk).
Conforme os dias foram passando, fui desabafando, fui tranquilizando, fui rezando, fui encontrando meu sentido. Fui reorganizando minhas ideias e meus projetos. Percebi que eu não era a única que passava por um turbilhão de emoções. Percebi também que eu estava sendo ali, como toda mulher: exposta à uma enxurrada hormonal e emocional que estava me tirando dos trilhos. E ali, fui me perdoando de vários sentimentos atravessados e também, pedindo perdão pro bebê que está no meu ventre. Entendi que aquela pequena pessoa, indefesa e tão dependente de mim, precisava MESMO de mim. Sem meu corpo, sem meu sangue, sem o que eu poderia lhe proporcionar, ele não teria a menor chance. E ali, senti que ele / ela só precisa de uma única coisa minha: dar uma chance!! Chance para crescer, se desenvolver, nascer e ser um ser humano que vai crescer e ajudar o mundo a ficar melhor pras pessoas.
Ali, senti que ficou tudo bem! Meus sentimentos, ainda como livros caídos de uma grande prateleira, estavam aos poucos sendo colocados no lugar. Alguns talvez precisassem se mudar de prateleira pra ficarem mais de acordo com cada momento, com cada “assunto”. Ainda tem coisa pra ir pra devida prateleira, mas o caos maior, se foi!! – Como diz o ditado: Após a tempestade, vem a bonança!!
E no mais??…
No que diz respeito à atendimento pré natal, só aguardando mesmo pra fazer a US. Pelo SUS, até aqui, nada. Liguei numa clínica e me passaram que as devidas semanas pra fazer a US eram de 11 a 13. Na semana 11, marquei um particular com desconto pelo SUS. Chegando lá, o médico falou que era da semana 12 até 14. Voltamos pra casa como se nada tivesse acontecido XD. Na semana 11, contei pras minhas amigas de infância e só. Compartilhei com elas. Me senti mais acolhida ainda. Falei dos meus sentimentos e só senti amor. Gratidão minhas amadas!!
Ah sim… senti uma boa diminuição nas náuseas, graaaaaaaaaaaaaaças a Deus. Gente… quem nunca teve, não desejo de verdade!! Nem de teste hahahaha!!
Semana que vem eu conto mais 😉
E pra você? Como está sendo?
Está vivendo um turbilhão?
Está passando pela bonança?
Como está seu coração e sua cabeça de grávida??
Compartilhe aqui comigo nos comentários! Vamos dividir esses sentimentos. Assim é mais fácil carregar 😀
Referências (o emocional na gestação):
SENTIMENTOS ADVINDOS DA MATERNIDADE: REVELAÇÕES DE UM GRUPO DE GESTANTES= http://www.scielo.br/pdf/pe/v19n1/12.pdf
Uma revisão sobre os problemas emocionais e as orientações e
intervenções em saúde mental na assistência prénatal = https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/viewFile/3966/3804
SUPORTE EMOCIONAL ÀS GESTANTES QUE CONVIVEM COM
DOENÇAS CRÔNICAS = http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe4/nspe4a10.pdf