Fui uma gestante bem parecida com muitas que chegam até mim hoje. Antes de engravidar era totalmente alheia aos assuntos de parto, doula, só sabia o que era porque fui agraciada com duas amigas que tinham essa profissão. Tudo o que eu queria era o melhor para o meu bebê e foi aí que começou minha busca por informação.
Nesse post você vai encontrar
Tudo começa com informação
De repente um mundo novo se abriu diante dos meus olhos. O “Renascimento do Parto”, Casas de Parto, rodas de gestante, minhas amigas doulas, equipe humanizada… e como a informação geralmente não volta vazia, não foi difícil eu me decidir por um parto natural e lutar por isso, em meio a uma sociedade que tentava me empurrar a cesárea (essa foi a escolha de todas as amigas próximas), em meio a um sistema difícil para minha escolha (eu não tinha verba para equipe particular e não tive gestação de risco habitual para ir a uma Casa de Parto). Me preenchi com tudo o que podia, envolvi marido, mãe… conquistei meu parto, mesmo tendo parido em uma maternidade de convênio, com equipe de plantonistas!
Nasceu a doula
A experiência do meu parto foi tão positiva, a doula ao meu lado fez tanta diferença, que nasceu em mim o desejo de abraçar a cada mulher e dizer: “vamos juntas”, “você pode!”, “seu corpo foi feito para isto”. Dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe… no meu caso nasceu uma doula (a mãe foi ganhando seu espaço com o tempo heheh).
A partir do meu parto tive o anseio de “servir” (doula = aquela que serve) a outras mulheres assim como fui servida, cuidada, respeitada, amada.
O início de uma jornada
Minha primeira experiência como doula foi 2 meses após o nascimento do meu filho. Neste parto assisti a toda violência possível, saí devastada. Eu sabia do grande número de violências obstétricas no Brasil, mas não esperava assistir a quase todas, em um mesmo parto, em minha primeira doulagem.
Repensei essa vocação, questionei o que eu poderia ter feito e fui encorajada pela própria gestante, que me lembrou a diferença que pude fazer ao seu lado, mesmo em um ambiente tão inóspito.
Fiz o curso de doula, participei de congressos, passei a separar tempo para minha preparação e estudo. Vi novas portas se abrindo, busquei especializar-me e então dei mais um passo: encontrei os benefícios para a massagem para a gestação, parto e puerpério.
Mais uma etapa no caminho
Hoje, atendo a mulheres e casais que desejam se preparar para o parto, através de informação de qualidade e encontros. Sou honrada por algumas dessas mulheres com a permissão de fazer parte do momento mais poderoso de suas vidas e acompanhá-las no parto. Também tenho a alegria de servir através do toque (uma das minhas linguagens de amor), com atendimento de massagem na gestação e puerpério.
E como nova etapa nesse caminho, não ando mais só. Além dos atendimentos individuais, atendo com uma Coletiva de Doulas (esse tema é tão empolgante que merece um espaço só pra ele, vou escrever mais sobre coletiva em breve) e posso dizer, mesmo que ainda tenha muitas metas a alcançar, que me sinto realizada.
Você pode me conhecer um pouco mais, visitando uma das rodas de gestantes da @ipecoletiva (acontecem semanalmente – informações no link do instagram acima) ou preenchendo o formulário abaixo para fazer parte de um grupo VIP de atendimento:
Referências:
O valor do suporte à parturiente: um estudo da relação interpessoal no contexto de um Centro de Parto Normal http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822007000100013
Humanização do parto http://books.scielo.org/id/pr84k/pdf/maia-9788575413289.pdf
Violência obstétrica atinge 1 em cada 4 gestantes no Brasil, diz pesquisa
Benefícios da Massagem em Gestantes https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/beneficios-da-massagem-em-gestantes/17993