De Engenheira à Doula

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Olá, me chamo Camila Salve Roquejani, tenho 30 anos, sou paulista. Cresci numa família rodeada por mulheres. Desde minha infância sempre fui apaixonada por bebês e grávidas. Lembro o quanto eu gostava de passar a mão na barriga delas, de conversar com o bebê que estava sendo gerado e de assistir as mães amamentando. Minha brincadeira predileta sempre foi cuidar das minhas bonecas.

Aos 19 anos me mudei para Minas Gerais para fazer faculdade de Engenharia Agrícola, me formei, fiz intercâmbio e mesmo depois de tudo isso ficava aquela dúvida, será que é isso mesmo que eu quero? Junto com todos os questionamentos, veio também mais uma mudança, dessa vez para o Mato Grosso. Foi aí que tive certeza que era hora de mudar.

Minhas Origens

Sou a filha do meio de 3 irmãs. Minha mãe pariu nós 3 em partos normais hospitalares. Minha avó materna pariu os 8 filhos e minha avó paterna os 2 filhos, também dessa forma. A bolsa estourava, você tinha que correr pro hospital, colocavam um “sorinho” que ajudava a dilatar, te deitavam na maca, a anestesia era aplicada porque a dor era insuportável (quando tomava, porque se não tinha disponível, ia na “raça” mesmo – termo que elas usavam para se referir ao parto sem anestesia) e depois do obstetra falar várias vezes pra fazer força, o bebê nascia. Cresci acreditando que era assim que os bebês vinham ao mundo. Até que minha irmã mais velha engravidou. A partir daí, ela mergulhou neste universo e, de certa forma, me senti atraída por tudo o que conversávamos e descobríamos.

Humanização, prazer em conhece-la!

Minha irmã sempre me enviava textos para ler, páginas para seguir, vídeos para assistir, muitas informações que nunca havia escutado antes, e o mais curioso de tudo isso, muita coisa diferente de como até então eu imagina que fosse um parto normal. Foi aí que conheci o trabalho da Doula e entendi cada uma dessas nomenclaturas: humanização do parto, parto com respeito, parto natural, entre outros. Cada vídeo de parto que eu assistia e cada relato que eu lia, mais amor eu sentia. Deixei minha intuição traçar o caminho que eu deveria seguir.

Profissão ou Missão?

Um dia por curiosidade, pesquisei como poderia me tornar Doula e fiquei por uma semana pensando sobre o curso que encontrei. A data da próxima turma se aproximava e eu não queria perder a oportunidade. Conversei com meu companheiro que me apoiou de primeira. Lembro de ligar pra minha mãe, que colocou no viva voz já que minha irmã mais nova estava ao lado, e perguntar: “adivinhem o curso que irei fazer, adivinhem com o que vou trabalhar?”. A resposta não poderia ser outra: “DOULA!”. Elas também já sabiam e me apoiaram. Fiz então o curso pelo GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) em Jundiaí-SP.

Quando comecei a atuar como Doula, em minhas consultas pós parto, eram recorrentes os relatos sobre as dificuldades com a amamentação e, para dar um suporte mais eficiente, me tornei Consultora em Aleitamento Materno, também pelo GAMA, em São Paulo-SP.

Curso de Doulas – GAMA Jundiaí – SP
Curso Consultoria em Aleitamento Materno – GAMA – São Paulo – SP

Primeira Experiência

Nessa minha mudança para o MT, fiz uma amizade muito especial. Ela estava grávida e me convidou para doular seu parto. Como era minha primeira experiência, fiz o acompanhamento da gestação de forma voluntária. Foi uma experiência única e incrível, onde pude vivenciar pela primeira vez um (re)nascimento. Guardo essa experiência com um carinho enorme no meu coração e na minha história.

Atuação

Atuo como Doula na preparação individual pré parto, parto e pós parto. Como Consultora em Amamentação, para as mulheres que ainda estão grávidas, ofereço Consultoria Preparatória; para as mulheres que já estão com os bebês e passam por alguma dificuldade ofereço a Consultoria Individual Personalizada.

Sou facilitadora de Roda de Conversa para gestantes, tentantes e casais (Grupo Bem Gestar), de Roda de Dança para mães e bebês e organizadora de Chá de Bênçãos.

 

Roda de Conversa – Grupo Bem Gestar

Referencias Bibliográficas

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