Falta de Passagem para o Parto Normal

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No Brasil, muitos mitos assombram as mulheres que desejam vivenciar um parto natural. As mulheres são desencorajadas durante todo o período gestacional a terem seus filhos por meio de parto normal com justificativas médicas das mais variadas, sempre tendo o nascimento através de uma cirurgia cesariana como sendo a única alternativa segura.

Um dos mitos mais comuns é a “FALTA DE PASSAGEM”.

Sem passagem para você, bebê! Fonte: http://moziru.com/blog/

MAS AFINAL, O QUE É A FALTA DE PASSAGEM?

Fonte: https://fr.freepik.com

Muito magra com a cintura estreita?

Posições para parir fora da cama. Fonte: http://www.childbirthgraphics.com

Não há evidências de exames que antecipem o resultado da relação entre a pelve da mãe e a cabeça do bebê, que somente a dinâmica corporal que ocorre durante o trabalho de parto permite testar. Aguardar o trabalho de parto, manter a monitoração da frequência cardíaca fetal e não privar esta mulher de se movimentar livremente. Músculos e ligamentos são ajustados durante esta dinâmica para que o bebê encaixe e consiga rotacionar mesmo por uma pelve estreita.

Muito gorda com pouco espaço para o bebê?

Estrutura feminina humana clássica, compartilhada por mulheres gordas, magras, altas e baixas. Fonte: http://eka-mama.ru

Além de preconceituosa e ofensiva, esta afirmação é descabida, mulheres com peso ponderal elevado não possuem alterações anatômicas que comprometam a dinâmica do parto e devem ter assistência adequada e liberdade de deambulação e escolha da posição de parto para permitir o nascimento. A gordura corporal se deposita em tecidos, não tendo qualquer relação relevante na movimentação corporal na prova de trabalho de parto.

Vagina muito pequena?

O canal vaginal é formada por pacotes longitudinais de fibras musculares elásticas que são capazes de se expandir para a passagem natural do bebê e posteriormente retoma suas dimensões de repouso.

 Bebê muito grande?

Salvo em situações patológicas muito severas, como, por exemplo, quando há hidrocefalia, um crescimento rápido da cabeça e alteração do formato do crânio como resultado do acúmulo de líquido nos ventrículos cerebrais. Bebês macrossômicos cujas mães tenham sido diagnosticadas com diabetes gestacional descompensada, a cirurgia pode ser a via de nascimento mais apropriada.

Um diagnóstico de bebê grande usando como parâmetro único a medição calculada através de exames de imagem como a ultrassonografia é bastante relativa. Devemos considerar que o cálculo do peso nestes exames é estimado e requer uma avaliação mais minuciosa de outros fatores de risco antes de ser considerada uma cirurgia cesariana.

Estou grande demais pra nascer?! Fonte: http://weclipart.com

Falta de dilatação?

Somente o trabalho de parto permite que a mulher chegue à dilatação total. Entretanto, o modelo de assistência ao nascimento instituído no Brasil geralmente opera as mulheres antes que entre em trabalho de parto, ou o fazem na latência do trabalho de parto com diagnóstico equivocado de perda de progressão.

A “falta de passagem”, ou desproporção céfalo-pélvica, uma condição bastante rara, somente pode ser diagnosticada mediante a prova de trabalho de parto. Quando em trabalho de parto e mesmo após muitas horas com dilatação cervical completa, juntamente com a descida do bebê na pelve materna que se verifica esta compatibilidade.

Feto e pelve sendo testados na prova de trabalho de parto. Fonte: https://www.webmd.com/baby/guide/pregnancy-stages-labor#1

Esta condição é comumente mal diagnosticada quando, a assistência se guia nas convenções obstétricas tradicionais, que não se baseia em evidências científicas. Na qual se pressupõe que o tamanho da bacia da mãe pode impedir um parto vaginal e que isso possa ser identificado pelo exame de toque, ou pelvimetria ainda no pré-natal.

Entretanto, a revisão sistemática sobre indicações de cesariana baseada em evidências, a desproporção cefalopélvica (DCP) representa uma das mais frequentes indicações de cesariana, porém frequentemente é diagnosticada de forma inadequada, pois esta condição somente pode ser detectada durante o trabalho de parto através da evolução registrada no partograma.

Exames clínicos como pelvimetria, mesmo quando realizados via tomografia ou ressonância são contraindicados para decisão sobre a via de nascimento, pois não são capazes de prever falha da progressão do trabalho de parto.

Somente um vidente, para saber durante a gestação que o bebê não vai passar pela pelve. Fonte: www.gograph.com


De onde ela tirou essas informações?

Indicações de Cesariana MBE parte 1:

https://www.dropbox.com/s/p9xv0m8kbg7tsvn/cesariana_baseada_evidencias_parte_I.pdf

Indicações de Cesariana MBE parte 2:

https://www.dropbox.com/s/3arvh5klobo63jz/cesariana_baseada_em_evidencias_parte_II.pdf

BLOG Melania:

http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html

Publimed, indicações de cesárea:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Cesarean+Section%22%5BMesh%5D

Método Spinning Babies, utilizado para disponibilizar espaço para o feto se posicionar melhor para nascer:
https://spinningbabies.com/

Como posso acompanhar essa doula?

https://www.instagram.com/suzannemirandadoula/
https://www.facebook.com/suzannedoula/
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http://www.doulasrj.com.br/
http://ishtar-rio.blogspot.com.br/

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9 respostas para “Falta de Passagem para o Parto Normal”

  1. Tive minha primeira filha tive normal mais foi um parto muito difícil é forçado muito só que agora eu ñ tenho mais passagem porque isto acorreu.

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