Quando falamos em nascimento, logo pensamos na cena linda de mãe e bebê juntos, grudados, contato pele a pele logo após o nascimento, mas na realidade, nem sempre é assim.
Nesse post você vai encontrar
Qual é o melhor lugar para o bebê após o nascimento?
No colo da mãe. Parece tão simples, mas ainda existem estabelecimentos que optam por separar mãe e bebe.
Imagina que um bebê, fica durante a gestação, o tempo todo em contato com a mãe, escutando sua voz, seu coração, vivendo literalmente em um corpo apenas. Ai vem o nascimento e ele chega nesse mundão, cheiros, luzes, vozes, tudo diferente, onde ele encontra seu consolo? Com sua mãe, sua família, esse é o melhor lugar!!!
É possível que o bebê fique o tempo todo com a mãe?
Tanto que é possível, como é indicado que depois do nascimento, o ideal para o bebê é permanecer ao lado da mãe. Na maternidade, o alojamento conjunto é o sistema hospitalar que permite que os dois fiquem juntos, por tempo integral, até a alta.
Além de favorecer o estreitamento do vínculo mãe/filho, o alojamento conjunto possibilita que os pais observem o recém-nascido durante todo o tempo.
Em 2016, o Ministério da Saúde estabeleceu que, em condições ideais, o sistema deve ser adotado em hospitais particulares e públicos.
De acordo com a PORTARIA Nº 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 do Ministério da Saúde o Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta e possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do recém-nascido, por parte do serviço de saúde.
Principais vantagens
- Favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho;
- Propicia a interação de outros membros da família com o recém-nascido;
- Favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e proteção, de acordo com as necessidades da mulher e do recém-nascido, respeitando as características individuais;
- Propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade;
- Fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de educação em saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional;
- Diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e
- Propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da avaliação da mulher e do recém-nascido e durante a realização de outros cuidados.
E quem pode usufruir desse serviço?
- Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu bebê;
- Recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico; peso maior ou igual a 1800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas;
- Recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia, necessitando de fototerapia, malformações menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento clínico, com ou sem microcefalia; e recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse neonatal após estabilização clínica na UTI ou UCI neonatal.
Relato de uma mãe
Ana Greici, mãe da Carolina e do Leonardo, relembra a experiência que teve no parto da Carolina, ambiente hospitalar, no ano de 2015:
“A principal vantagem do alojamento conjunto, foi poder amamentar na primeira hora de vida, fortalecer o vínculo através do contato pele a pele, sentir seu cheirinho, acompanhar seus primeiros movimentos e adaptação extrauterina, além de adiar/extinguir a rotina hospitalar de “cuidados” com o RN, como por exemplo: banho, uso de nitrato de prata no olho, aspiração, pesagem, medições entre outros”.
Como saber se a maternidade oferece alojamento conjunto
Se informe, faça uma visita, escreva seu plano de parto. É um momento único e deve ser incentivado o contato pele a pele, vínculo de mãe e bebe, contato familiar. NADA substitui a família, o colo e o apego.
Curta esse momento.
Referencias:
PORTARIA Nº 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html
A percepção de puérperas oriundas da Atenção Primária sobre a Humanização da Assistência ao parto em um hospital de ensino
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/percepcao_puerperas_oriundas_atencao_primaria.pdf