Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Esse post tem bastante coisa. Vamos começar logo então né?
Nesse post você vai encontrar
Bastante coisa acontecendo!!
Semana passada ligaram da Santa Casa agendando a US pra essa semana. Como tudo no SUS, a gente vai, pega senha e espera… e espera… e espera!
Dessa vez, foi de manhã. Saí cedo e sabia que esperaria. Esqueci de contar que algumas amigas me convenceram a fazer um chá de bebê, revelação, já que ainda não sabíamos quem está a caminho. Meio desanimada, topei e só aguardávamos a US mesmo pra iniciar os preparativos. Mas o bebê tinha outros planos.
Quando fui chamada pra fazer a US, minha desconfiança se confirmou. A saúde do bebê está ótima, porém, o/a sapeca está pélvico(a), com as pernas cruzadas, bem confortável e pleno(a), dormindo com a mãozinha na cara, sem ligar pra vida aqui fora. A médica que me atendeu ainda tentou mexer, balançar, mas sem sucesso. Peso, medida, órgãos, tudo na mais perfeita ordem… mas com o bumbum pra baixo, coisa que, por mais que eu torcesse pra que não se confirmasse, era de fato, real.
E agora, PD já era?
Entrei em contato com a minha amiga Kátia, EO, que é quem está me acompanhando no pré natal, para a possibilidade de um PD e contei o que havia acontecido. Mandei um áudio também pra minha amiga Janaína, que é doula e placenteira. Conversamos bastante. Entrei em contato com o grupo de doulas que faço parte e já me deram altas dicas de posições de Spinning Babies pra fazer. Com 28/29 semanas, ainda tinha bastante tempo.
De fato, conversando com várias pessoas desse movimento, vi que é um protocolo mesmo, equipes não pegarem PD com bebê pélvico. Entrei em contato com acupunturistas do movimento e me orientaram a ir tentando mudanças de posição até 32 semanas pelo menos, que é quando indicam o procedimento para bebê pélvico. Recebi alento e ajuda de todos os lados e, a essas pessoas, sou eternamente grata.
Vamos falar um pouco sobre a posição do bebê!!
Segundo Tomas Hunt Morgan, entre 3% e 4% das gestações terão apresentação de bebê pélvico até a hora de nascer. É um achado fisiológico, totalmente normal, mas que tira o sono de muitas mães (principalmente nós, brasileiras, já que no Brasil é raro encontrar equipes que acompanhem partos de bebês pélvicos).
É possível sim, que aconteça um parto normal de bebê pélvico. Porém, como citei, no Brasil isso quase não ocorre, dando preferência para a cesariana agendada ou aguardando pelo menos, a gestante entrar em trabalho de parto, para depois sim, realizar a cirurgia.
O bebê pode estar em alguma dessas posições. Independente de qual seja, é necessário uma equipe com experiência no manejo da situação para que não ocorra problemas durante o nascimento, como displasias ou distócias.
Nesse caso, o que fazer e o que esperar?
Eu terei consulta na semana que vem e veremos o que a médica vai dizer sobre o meu caso, especificamente.
O que eu sei, em casos de bebê pélvico, é que as equipes no Brasil não acompanham parto domiciliar. Então, existe uma chance de praticamente 90% de ter que ser um parto hospitalar. Agora, eu só preciso saber se o hospital de referência daqui, atende parto de bebê pélvico.
Bebês nascem também de posição pélvica, sem problema. O maior problema nessa situação é encontrar, existir, uma equipe hospitalar devidamente treinada para isso, porque, apesar de também ser um achado fisiológico, os médicos e equipes atuais desaprenderam a acompanhar parto pélvico e isso é terrível, porque condena uma porcentagem das mulheres a uma cesariana sem necessidade.
Spinning Babies: uma prévia!
O Spinning Babies é um método criado e aperfeiçoado pela parteira profissional americana Gail Tully e consiste num conjunto de exercícios e posições que estimulam a flexibilidade da pelve da mulher, o que facilita o giro (spinning) do bebê. Daí o nome do método!
Existem algumas consultoras devidamente certificadas no Brasil. Em uma busca rápida pela internet, você consegue encontrar alguma perto de você.
Nessa mesma semana, eu comecei alguns exercícios, orientada por uma maravilhosa profissional de yoga de São José dos Campos. Existe também uma pequena cartilha que pode ser adquirida em sites especializados em material para doulas, gestantes e profissionais da humanização do parto e nascimento. Fiz também algumas outras posições que o grupo de doulas que eu faço parte me orientou, com uso de bolsas de água fria e água quente. Conto mais no próximo post!
É isso gente!! Até a próxima semana!
Referências
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-34675
Oi, Arlene! Que bom que já te indicaram buscar o Spinning Babies! É uma abordagem bem completa mesmo, como vc disse no texto 🙂
Aqui no Rio de Janeiro – Capital sou uma das Educadoras Perinatais Certificadas, fico à disposição das gestantes que queiram marcar uma aula 😉