Oi gente, tudo bem com vocês??
Vamos à mais uma parte do meu diário. Essa semana, agora vou mesmo, falar sobre as contrações de Braxton Hicks, como eu tinha prometido. E vou também dar uma pincelada básica sobre como passei desde o último post, sobre os acontecimentos dessa semana!! Vamos lá então!
Nesse post você vai encontrar
25 semanas, tudo pesa, aperta e não veste mais!
Um drama que praticamente 95% das gestantes passam é pela questão do conforto x elegância na hora de se vestir. Claro que não são todas, mas essa semana eu cheguei à conclusão que 80% meu guarda roupa não serve mais, isso inclui uma boa parte de roupas de frio que eu ainda estou usando, mesmo já sendo setembro!
Let’s go!! Dramas à parte, saias e vestidos são uma excelente pedida para quando as calças / bermudas não servem mais. Existem várias confecções destinadas às gestantes, mas (empresários do ramo têxtil, não me condenem) essas roupas são muito caras e vamos usar por um período muito curto, em vista do investimento. Claro que, quem sonha, deseja e pode, invista sim nessas roupas feitas sob medida pra essa época. Ficam lindas!! Eu já sou do time que usa extensores nos botões das calças, elásticos e que improvisa pra roupa caber um pouco mais. Mas quando chega um momento que nem isso mais resolve, a gente coloca uns acessórios pra desviar o olhar só da roupa né? XD
O importante é a gente se vestir com o que nos deixa confortáveis, acima de tudo 😉
Contrações de treinamento? Braxton Hicks? Que é isso tudo?
John Braxton Hicks foi um obstetra inglês que observou e descreveu essas “contrações de treinamento” pela primeira vez em 1872.
Essas contrações costumam aparecer por volta da 20ª semana de gestação e, apesar de serem indolores, algumas mulheres podem sentir desconforto. Elas também não são efetivas, ou seja, não “dilatam” o colo do útero. Se caracterizam por momentos em que o útero contrai, deixando a barriga dura em sua totalidade ou parcialmente. Podem ocorrer em momentos distintos durante o dia, sem frequência, sem padrão e mesmo sem duração considerável. Podem ocorrer uma única vez ao dia ou várias ao dia. Podem aparecer e desaparecer de repente… enfim, para estas contrações, não existe um padrão, um tempo de duração, uma frequência que possamos caracterizar. Aliás, a falta de padrão e efetividade é que definem esse tipo de contração: sem dor, que pode gerar algum leve desconforto; sem duração, sem padrão, sem frequência, diferentemente das contrações do trabalho de parto.
A parteira inglesa Liz Charmels explica de forma muito didática, sobre como as contrações agem, apagando e dilatando o colo uterino. Repare que no começo do vídeo ela cita as contrações não efetivas e depois, mostra a ação das contrações mais efetivas, que dilatam de fato o cérvix. Vídeo: YouTube.
NOTA IMPORTANTE: Entre 20 e 37 semanas as contrações não devem ser doloridas. Elas também não podem ter padrão de frequência, duração e intensidade. Qualquer padrão de contrações que intensifiquem dor e frequência e diminuam o tempo de intervalo entre elas precisa de AVALIAÇÃO MÉDICA ADEQUADA para descartar a possibilidade de TRABALHO DE PARTO PREMATURO. Enquanto as contrações forem indolores, infrequentes e não intensas, totalmente sem padrão, ok. A partir do momento que passam a ter frequência, duração e intensidade com padrões de tempo iguais, procure a emergência da sua maternidade de referência.
Consultas e mais consultas!
Como já citei várias vezes, as consultas de pré natal devem ser mensais até 31 semanas. A partir disso são quinzenais e com 35 semanas, passam a ser semanais. Mas vocês se lembram que, há dois posts atrás, comentei que a médica da UBS tinha achado as varizes da minha perna um tanto grandes e me mandou pra referência em auto risco na cidade. Pois é, essa semana foi a consulta lá na maternidade e no dia seguinte, seria a da UBS.
Na maternidade, achei super diferente o modo de atendimento, ao mesmo tempo que achei muito bacana a forma como fazem.
Tem horário pra chegar e pegar senha. Ela começa a ser distribuída às 11:00.
Minha mãe faz o controle do tratamento da doença renal crônica dela no mesmo hospital, em setor diferente. Ela sempre passa na frente do lugar onde são atendidas as gestantes de auto risco e sempre as vê por lá. Eram 8:30 e já tinha gente na porta, aguardando pra pegar a senha. O atendimento da médica começa às 13:00.
Como eu preciso atravessar a cidade pra chegar no hospital, pego dois ônibus. A integração no centro demorou bastante, cheguei lá eram 11:50. Peguei a senha e me avisaram que faria pesagem, aferimento de Pressão Arterial e seguiria pra palestra e logo depois, visita à maternidade. Ganhei um brinde para o bebê (um sabonete líquido super cheirosinho) e assim que me encaminharam pra sala de pesagem, as mulheres estavam saindo da palestra. Me avisaram pra seguir para a visita, que fariam a pesagem depois.
Fui para a visita. Eu já conheço a maternidade. Já entrei como gestante em TP em 2010 para o nascimento da Verônica; já entrei como doula acompanhando alguns partos e voltei como gestante para o PS algumas vezes também. Percebi que mudaram o sistema de acompanhante, sendo permitido agora qualquer um, o dia inteiro, até às 21h e após esse horário, somente mulheres, até o dia seguinte, no início do novo horário de visita, às 9h. Ainda perguntei se isso era apenas para menores de idade; mas não é não, é pra todas!! AMEI <3
Nota: Isso é determinação de dentro desta maternidade, apenas. Cada maternidade / casa de parto tem regras próprias para visitação e acompanhante. A lei federal 11.108/2005 determina que é obrigatório à instituição de saúde permitir acompanhante “durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato”. Procure saber com antecedência sobre o cumprimento dessa lei em seu município. Lembre-se: A lei é federal e nenhum município ou estado podem negar o cumprimento dela.
Voltando pra dentro do CEAMI, pesaram e aferiram a PA. E da-lhe espera. Comeram o atendimento às 13h e saí de lá às 16h40. A médica fez várias perguntas, não olhou a varize em sí, mas falou que varizes não são auto risco (isso eu já sabia. Eu queria saber era se haveria alguma possibilidade de indicar trombose ou patologias venosas diversas). Me mandou embora com medicação pra estômago, varizes, vitaminas e prescreveu meias de média compressão (que eu já estava usando). Fora isso, nada de mais. Me devolveu pra UBS.
Eu teria consulta na UBS no dia seguinte. Mas a médica passou mal e remarcaram para a semana 26.
Na sexta, fomos à alergista. A médica passou alguns exames para nós 3 e pra mim, um spray nasal, que é o que posso utilizar no momento.
No mais, tudo tranquilo.
*Lembram-se da foto que eu coloquei no post anterior? A minha cunhada que já estava com 39s teve seu bebê na mesma semana, na terça. Foi uma cesariana intra parto (vou me ater apenas em respeitar as decisões de cada pessoa para sua própria realidade).
Aguardemos os próximos capítulos rsrs!
Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009000800008
Contrações de BH – Jessica Scipione
http://www.ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/PRO.OBS.029+-+REV1+TRABALHO+DE+PARTO+PREMATURO.pdf/d4014821-e7bb-462f-925a-6ac2830055b9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm