Fim do relacionamento durante a gravidez: Como superar?

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Aprendemos com as histórias infantis, novelas da globo  e com a propaganda da Doriana que uma vida feliz  é a da família tradicional brasileira. Mas você conheceu aquele homem Maravilhoso (ou não tão maravilhoso assim), se apaixonou loucamente (ou foi só uma transa mesmo), engravidou e o relacionamento não deu certo. E agora como lidar com as suas expectativas? Fim do Relacionamento durante a gravidez: Como superar?

Ai eu vou morrer

Onde está o meu corpo?

Quando ocorre uma separação, o primeiro passo que as pessoas mudam para superar é a busca pela auto estima. Mas as gestantes enfrentam uma situação de adaptação corporal  onde ele se transforma rapidamente, e muitas vezes a visão que temos no espelho se deturpa justamente por não reconhecermos aquele corpo. Mente e físico não andam juntos neste momento, principalmente em uma situação de fim de relacionamento, que é um momento de incertezas.

Alterações corporais que se sucedem ao longo da gravidez, associam-se por vezes a sentimentos de perda da auto-estima devido a percepções subjetivas de pouca atratividade física.  Instintivamente a limitação de movimentos e aumento gradativo de peso por grande parte das mulheres não corresponde aos padrões de beleza e sedução.

Porém é necessário entender que esta ideia é  formada pela nossa percepção que não acompanha a velocidade das mudanças fisiológicas. O que a gestante sente geralmente não corresponde ao que realmente é, mas a situação se agrava por não se reconhecer no novo corpo. Frequentemente também acredita-se na ideia de nunca mais recuperar a imagem corporal anterior à gravidez. Este processo não é pacífico, mas é só um processo. As mulheres que conseguem entender este processo sentem-se ótimas com o barrigão.

Me sinto sozinha, abandonada!

Fonte: pixabay

Dedicação, proteção constante ao bebê e o senso de responsabilidade! Tanta doação algumas vezes fazem esta mulher se sentir sobrecarregada e com necessidade de dividir as responsabilidades com o pai que neste momento pode vir a não correspondê-la. A expectativa de como vai ser essa relação após o nascimento do bebê e os sentimentos decorrentes deste processo podem causar tristeza, angústia, e chegar a uma depressão.

Talvez estas expectativas girem em torno de alguém que teoricamente teria os mesmo sentimento que a mãe pelo bebe. Porém devemos lembrar que as pessoas reagem de formas diferentes, e normalmente o pai vincula a gestação ao amor pela mãe, que neste momento foi abalado. É necessário um tempo de adaptação à nova realidade, e dependendo de como foi este fim, definir se o contato entre os dois deve se manter ou não até o nascimento.

Geralmente o pai se vê neste papel efetivamente com o nascimento. Por outras vezes o pai se isenta da responsabilidade. Mas tentar imaginar algo que está por vir apenas fere a si mesma, e não resolve grande parte dos problemas causando somente mais angústia. Então pare, respire, e viva um dia de cada vez. O ser humano tem grande capacidade de adaptação então use-a na hora correta. Não se desgaste em algo que talvez não aconteça.

Recomeçar sozinha ou acompanhada?

Da forma que você se sentir bem. Por mais que a gestação seja um momento onde grande parte das mulheres se sintam sozinhas após uma separação, com o nascimento do bebê surgem várias demandas que ocuparão seu tempo e algumas pessoas não conseguem vincular isso a um inicio de relacionamento. Mas se encontrar alguém que compreenda esta situação e se proponha a vive-la contigo, porque não?

Em contrapartida ficar só também é uma ótima opção. Esperar todos estes aspectos hormonais se estabilizarem, aprender a lidar com as alterações provisórias do corpo, e direcionar certas energias para o auto cuidado pode te fortalecer a ponto de melhorar a adaptação a maternidade e a nova fase, tendo assim mais momentos felizes junto ao seu bebe e às novas perspectivas.  Se ame, se cuide e tudo ficará bem.

Fonte: pxhere

Referências:

Representações de gestantes adolescentes solteiras sobre aspectos de sua problemática psicossocial

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71671985000400009&script=sci_arttext

O Antes e o Depois: Expectativas e Experiências de Mães sobre o Parto

http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n2/27476.pdf

Estados incomuns de consciência em parturientes: a partolândia enquanto potencial para o desenvolvimento da mulher

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/38816/27163

O Afastamento Paterno após o Fim do Relacionamento Amoroso:
Um Estudo Qualitativo

https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/viewFile/27560/21324

 

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