Alguma vez você já ouviu de alguém ou já viu algum relato na internet da mulher contando que foi várias vezes (ou pelo menos mais de uma vez) ao hospital em trabalho de parto e foi enviada para casa? “Ahhh volta depois, tá cedo ainda…” E muitas vezes as mulheres reclamam disso! As famílias mais ainda! “Que absurdo! Estão negando atendimento! ”
Bem, a parte do fato de que eventualmente pode, sim, ter algum profissional que cometa uma falha enorme dessas (porque né, ser humano está sujeito a erros), em geral o profissional que manda essa mulher de volta para casa está favorecendo um parto mais natural que, segundo as evidências científicas mais atuais, traz muito mais benefícios para mulher e bebê. Ou seja, está seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do MS (Ministério da Saúde).
Mas afinal, por que isso acontece?
O motivo mais comum é que as mulheres (e suas famílias) não conhecem de fato o processo fisiológico do parto, não sabem como acontece, quais os sinais no corpo, enfim…. Não sabem o que esperar de um trabalho de parto. A maioria associa o início do trabalho de parto a duas coisas:
Nesse post você vai encontrar
1. Dores!
- E aqui entra um fator muito importante que já vai dar uma pista sobre o problema: dor é algo muito subjetivo! Cólica pode ser uma dor, contrações intensas também. Tudo varia de acordo com a maior ou menor sensibilidade à dor da mulher (e também com outros fatores, tais como a ansiedade pela chegada do bebê). Daí algumas pessoas vão sentir uma cólica e sair correndo para o hospital e (em casos mais raros) outras que não vão sentir nada enquanto o colo do útero dilata e quando sentirem alguma coisa o bebê já vai estar nascendo (e daí grandes chances desse bebê nascer a caminho da maternidade).
2. Bolsa das águas/amniótica que se rompe.
Essa é clássica: a gente aprende vendo Tv, filmes…. Rompeu a bolsa, sai aquele monte de líquido que escorre pela perna. O que se deve fazer? “Correr para o hospital! ” Será?
Agora vou contar uma coisa que talvez te surpreenda um pouco: o rompimento da bolsa não é sinônimo de trabalho de parto!
Trabalho de parto pressupõe contrações e pode, sim, acontecer da bolsa romper sem contrações, fora do trabalho de parto, antes dele iniciar.
Mas então, o que fazer? Como evitar esse vai-e-vem casa-hospital-casa?
É preciso entender minimamente a fisiologia de um trabalho de parto, ou seja, o que acontece, como acontece, quais as fases (sim, trabalho de parto tem fases, sabia?)…
Dessa forma, a mulher e sua família podem ficar mais seguras, mais confiantes, mais tranquilas, menos ansiosas (que é uma grande vilã nesse momento, embora seja difícil controlar, eu sei!) e lidar melhor com todo o processo!
Pra te ajudar nisso vamos realizar um encontro presencial na cidade de Araçatuba-SP!
Vamos falar sobre os sinais do trabalho de parto. Ou seja: como eu sei que estou em trabalho de parto? Como eu sei qual o melhor momento de ir para o hospital? De procurar assistência? De avisar os profissionais que estão me acompanhando?
O encontro acontecerá no dia 22/06, no Vem Vento Café, às 16 hrs.
Nesse encontro falaremos sobre o que desencadeia o trabalho de parto, quais são os principais sinais, quais os sinais de alerta, ou seja, aqueles em que se deve procurar ajuda imediatamente e tirar as dúvidas dos presentes.
Participe! Será uma tarde muito agradável de muitas trocas e aprendizado!
Rua Cristiano Olsen, 2626. Araçatuba – SP
Ahhhh, o encontro é gratuito, mas as vagas são limitadas, então já garante a sua pelo link: http://tiny.cc/l70p7y
Enquanto isso, você pode ir se informando a respeito pelos seguintes textos aqui no blog:
https://blog.casadadoula.com.br/2018/10/03/sinais-do-trabalho-de-parto/
https://blog.casadadoula.com.br/2018/02/02/os-10-sinais-do-inicio-do-trabalho-de-parto/
REFERÊNCIAS:
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience.
https://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/