Prática de Yoga na Gestação: é possível?

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Toda mulher quando descobre que está grávida, ao passar em consulta médica já recebe uma orientação (ou deveria receber) de que deve realizar atividade física durante este período (seja do profissional de saúde ou dos familiares e amigos…). E, ao pesquisar sobre atividades físicas encontra muito material e informações contraditórias, ficando bastante confusa. Vou tentar ajudar escrevendo especificamente sobre a prática de Yoga no período gestacional.

A História (bem resumida) da Yoga

A Yoga tem origem na Índia, país localizado na Ásia Meridional. Os primeiros registros datam de mais de 5 mil anos AC! É uma disciplina mental, espiritual e física, que teve influências do Budismo, Jainismo, Sikhismo e Hinduísmo que são religiões praticadas na Índia, porém a Yoga não é uma religião. As publicações mais conhecidas sobre a Yoga são: Hatha Yoga Pradipika (o texto mais antigo), Gheranda Samhita e o Yoga Sutra de Patanjali (o mais conhecido). Nos Sutras temos 195 aforismos que abordam a metodologia da Yoga, os 8 passos/membros/caminhos do Raja Yoga (incluindo o Hatha Yoga).

Postura clássica de meditação.
Fonte: Pixabay

Mas, por que praticar Yoga?

Durante a gestação ocorrem diversas mudanças no corpo da mulher como: alterações físicas, por exemplo mudança no o centro de gravidade (que interfere no equilíbrio), alterações hormonais, alterações de humor, etc. O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), o American College of Sports Medicine (ACSM) e a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) indicam e recomendam a prática de atividades físicas de baixo ou nenhum impacto durante a gestação para manutenção da aptidão física e da saúde, melhora nos sintomas gravídicos, controle do ganho de peso, auxílio no retorno venoso e recuperação pós-parto imediata mais rápida. Aí que a prática de Yoga destaca-se: é uma atividade com quase nenhum impacto (praticada praticamente no chão e com possibilidade de adaptações posturais com uso de parede, cadeiras, almofadas, dentre outros materiais), promove o bem estar físico e mental através das posturas (ásanas), exercícios de respiração (pranayamas), práticas de relaxamento e meditação, previne e alivia problemas musculoesqueléticos (dores lombares, torácicas, compressão nervo ciático).

Adho Mukha Shvanasana ou Postura do Cachorro Olhando para Baixo, executada pelo Catioro.
Fonte: PXhere

Espere, tem mais benefícios:

A Yoga promove a consciência corporal e postural, eleva a auto-estima, melhora a circulação sanguínea, reduz estresse cardiovascular e hipertensão arterial, pode reduzir o tempo de duração do trabalho de parto, menor utilização de métodos farmacológicos (medicação) para alívio da dor e indução de trabalho de parto, menor ocorrência de partos pré-termo, melhor recuperação pós-parto. Quando esta prática é coletiva há o apoio contínuo e afirmação do grupo, partilha de experiências e informações.

A melhor parte: nenhum estudo encontrou contraindicações para a prática ou alteração que afetasse o bebê.

Marjaryasana ou Bidalasana ou Postura do Gato, executada pelo próprio.
Fonte: PXhere

Tá, e aonde eu posso praticar?

A princípio, você, mulher gestante, pode praticar Yoga em qualquer estúdio que ofereça a prática, porém há posturas que devem ser adaptadas e algumas poucas evitadas. Procure um local em que os profissionais tenham experiência com gestantes e, de preferência, especialização em Yoga para Gestantes. Não se acanhe em perguntar, você tem direito a esta informação.

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Referências:

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2 respostas para “Prática de Yoga na Gestação: é possível?”

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