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Quando a alegria vira tristeza – aborto espontâneo
Pouco se fala sobre a realidade das perdas durante a gestação. Talvez você mesma já tenha passado por alguma e não encontre acolhimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como aborto espontâneo a perda do feto por causas naturais antes da 22ª semana de gestação. Cerca de 50% das interrupções naturais da gravidez estão relacionadas a anomalias cromossômicas que o próprio organismo materno elimina. Essa informação, obviamente, não diminui a dor da perda.
Aborto tardio
As perdas involuntárias ocorridas entre a 13ª e a 22ª semana são chamadas de aborto tardio. Cerca de dois terços acontecem por problemas com a mulher que gesta e um terço tem causa desconhecida. Algumas causas podem ser trombofilia, infecções ou problemas no colo do útero. Acontece perto de nós, pode acontecer conosco. Sentir-se sozinha e incompreendida nesse momento é muito comum. Se aconteceu com você ou com alguma conhecida, não se envergonhe em pedir ajuda especializada.
Parto prematuro de natimorto
Uma perda gestacional entre a 22ª semana até a 36ª semana é chamada pelos médicos de parto prematuro de um natimorto. Da 36ª semana em diante, se o bebê morre no útero materno, diz-se que houve uma perda gestacional tardia. Para a mulher que perdeu é o pior evento de sua vida, conhecido como pior dor do mundo.
Morre um bebê, morre uma mãe?
Uma mãe que perde um filho não recebe um novo título. Ela continua sendo mãe: mãe de filho morto. Ainda que não seja possível esquecer, é possível seguir adiante. Se você é essa mãe, se você conhece mães passando por isso, busque contato com pessoas que podem compreender. Profissionais como doulas e psicólog@s podem auxiliar no processo de acolhimento e compreensão do luto. Tanto da mulher, quanto dos familiares. Não esconda a dor, ela deve ser acolhida e respeitada
Referências:
http://vamosfalarsobreoluto.com.br/quem-pode-ajudar/
https://www.emalivros.com.br/2018-08-15-luto-perinatal-saiba-mais/
Trombofilia e perda gestacional: http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?pid=S1688-03902004000200004&script=sci_arttext&tlng=en
A maior dor do mundo: o luto materno em uma perspectiva fenomenológica: https://www.redalyc.org/html/2871/287132426010/
Prevalence of Chromosomal Abnormalities in Spontaneous Abortions or Fetal Deaths: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3952