Quem te inspira?
Todos nós temos um ou várias pessoas que fazem nosso coração bater mais forte, que nos motivam e inspiram, aqueles que admiramos de tal forma que nos impulsionam a ser pessoas e profissionais melhores.
No mundo da humanização do parto temos alguns vários musos e musas inspiradoras com tantas qualidades e feitos, que eu poderia escrever um texto para cada um, mas a ideia aqui é juntar todos para difundir aos 4 cantos do mundo o incrível trabalho que realizaram e/ou realizam.
A seguir veremos algumas das pessoas que inspiram meu trabalho como doula e a nossa luta para mudar o mundo:
Nesse post você vai encontrar
“Para mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer”
Essa célebre frase que Michel Odent disse, é a muito conhecida e popularizou-se no mundo inteiro. Nascido em 1930, na França, esse médico obstetra e cirurgião dedicou a maior parte de sua vida ao estudo do “período primal”, que consiste na vida fetal, parto e o primeiro ano de vida.
Publicou 14 livros e mais de 50 artigos científicos, entre essas publicações: o primeiro artigo cientifico sobre a importância da amamentação na primeira hora após o nascimento, conhecida por Golden Hour, ou hora de ouro, o primeiro artigo sobre o uso de piscinas durante o parto, e o primeiro artigo sobre a ” Teoria de controle da dor ” e sua aplicação no trabalho de parto. Seu livro publicado originalmente em 1984, Birth Reborn, inspirou o nome do documentário brasileiro, O renascimento do Parto, que ressalta o quanto Michel Odent trabalhou e influenciou para mudança está acontecendo na assistência ao parto no mundo todo.
Michel Odent comprovou cientificamente, que os protocolos, instrumentos e técnicas, utilizadas por quase todas as maternidades geram condições que freiam a liberação do fluxo hormonal, principalmente de ocitocina, necessário para que o parto aconteça. Seu legado é extenso e grandioso!
Confira os livros lançados por Michel Odent, que pode nos inspirar ainda mais:
“Quando a mulher pode se entregar para seu processo de parto, podemos estar seguros de que seu corpo criará as condições perfeitas para que ela relaxe profundamente e desligue seu cérebro racional. Se a mulher está calma e sem medo, ela se solta, e seu útero faz todo o trabalho.”
Janet, nascida em 1946, na Africa do Sul, é Educadora Perinatal e Instrutora de Ioga. Ficou conhecida, por ser líder do movimento Parto Ativo, fundado em Londres na década de 80 e sua mais famosa obra de mesmo nome, é um dos livros mais lidos e indicados para gestantes. Mãe de 4 filhos, todos nascidos por parto ativo, sendo o último nascido quando ela tinha 42 anos de idade, o bebê pesou 5 kilos e nasceu em casa com muita saúde.
Inúmeras ações foram acontecendo em oposição às práticas obstétricas desnecessárias e invasivas, que retiravam da mulher seu poder sobre o próprio processo de parir, seu corpo e seu bebê, surgindo o movimento pelo Parto Ativo e se espalhando pelo mundo, o embasamento científico e excelentes resultados em termos de segurança, saúde e eficiência no parto; além, é claro, da satisfação da mulher em dar à luz de forma ativa, respaldaram o movimento.
“Os primeiros grandes passos para a humanização do parto já foram tomados e estou muito animada na perspectiva de trazer o Parto Ativo neste cenário promissor.” Janete Balaskas, 2017
No documento Manifesto pelo Parto Ativo, disponível no site www.partoativobrasil.com.br você encontra a explicação completa deste conceito e todas as pesquisas que o embasam.
Marília Largura tem a história de uma vida inteira dedicada a humanização do parto muito antes do termo existir e se difundir. Ouvi sua história pessoalmente contada por sua filha Sarita, que tive o prazer de conhecer na 1ª Jornada Paranaense de Parto e Nascimento. A emoção com que Sarita fala da mãe, que faleceu há apenas 1 ano é imensa.
Marília assistiu a mais de 5 mil partos como obstetriz. Formada em enfermagem, em 1975 recebeu o título de Doutora e Livre-docente
desenvolvendo estudos no Brasil, França, Inglaterra e Canadá. Autora do livro A assistência ao parto no Brasil, Marília lecionou por 16 anos na Universidade de Brasília, onde se aposentou. Segundo Sarita, Marília foi a primeira a trazer do exterior e patentear no Brasil a banqueta auxiliar do parto, dispositivo que oferece apoio e conforto à parturiente para parir em posição verticalizada.
Maria de Lourdes da Silva Teixeira, a Fadynha, é uma pioneira no exercício da função de Doula do Brasil. Era Doula mesmo antes de saber que existia um nome para tal, função que começou a desempenhar em 1978, paralelamente com a preparação de grupos de casais grávidos, com os quais desenvolveu um método próprio de Yoga, com trabalho corporal-respiratório acompanhada de toda a parte informativa. Nesse mesmo período, introduziu no Brasil a Shantala: massagem oriental para bebês.
Fundadora e presidente da ANDO – Associação Nacional de Doulas. Capacitada da DONA – Doulas of North America. É de sua autoria o 1º livro sobre doulas no Brasil: A Doula no Parto, 2003. Outras obras suas são:
Já acompanhou centenas de partos utiliza técnicas do yoga, respiração, cromoterapia, do-in, moxabustão, musicoterapia, hidroterapia, florais, fitoterapia entre outras técnicas não farmacológicas para alívio da dor.
Você conheceu aqui, só um pequena parte, das várias pessoas que nos impulsionam e trazem dados científicos para sustentar nosso trabalho. Por isso, no próximo texto traremos mais alguns nome e também ativistas e estudiosos dos benefícios do aleitamento materno. Afinal, receber um bebê ao mundo da forma mais amorosa possível estrá intrinsecamente ligada a nutri-lo com o melhor alimento que existe no planeta!
Até a próxima e não deixe de ir ainda mais afundo. Leia mais:
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