O puerpério é um período de adaptação da mãe, do bebê e da família, também conhecido como resguardo ou quarentena. É um período delicado, em que grande parte das mulheres desenvolvem uma certa melancolia, também conhecida como “baby blues”. Isso se deve sim à questão hormonal, mas a autora Laura Gutman defende que essa introspecção é propícia para a mulher mãe encontrar com sua própria sombra, seus traumas, suas necessidades.
Sendo assim, o puerpério é um momento de reformulação da identidade: a mulher não é mais só mulher, mas é mãe e esse fato abre espaço para ressignificar a própria vida.
Tendo isso em vista, vamos às dicas para sobreviver a esse tempo novo e desafiante.
1. Se dedique ao seu bebê:
O bebê ainda nem sabe que nasceu, não sabe o que é estar separado de você. Por isso chora, quer peito, quer sentir o cheiro, ouvir seu coração. É tudo o que ele conhece da vida, por isso ele vai demandar sim. O bebê também é a chave para a identificação e superação das suas sombras.
2. Descanse:
Na medida do possível. Tente dormir quando ele dorme ou levar ele pra cama com você. O pouco aqui já ajuda.
3. Aceite ajuda:
Você não é a mulher maravilha e não vai conseguir fazer tudo com a mesma performance de antes – pelo menos não imediatamente. Aceite (e peça!) ajuda com as tarefas domésticas, os filhos mais velhos, as refeições. Ter com quem contar faz toda diferença.
4. Coma bem e beba bastante líquido:
Alimentação saudável faz toda a diferença, não só na saúde do bebê, mas no bem-estar e na disposição da mãe. Evitar comer alimentos ultraprocessados, doces e refrigerantes. Beber bastante água para recuperar o corpo e auxiliar na amamentação também é indicado.
Dica: se possível, congele algumas refeições ainda no fim da gestação para ter um estoque no puerpério. Menos uma preocupação.
5. Troque carinhos com o marido:
Aqui os dois podem se ajudar. A adaptação não é fácil pra eles também, acredite.
6. Aproxime-se de outras mães:
Você não está sozinha. São muitos os grupos de apoio ao puerpério e a identificação com outras mães pode ajudar a transcorrer com mais leveza essa fase. Além do mais, é uma desculpa pra dar uma volta.
7. Não leve em conta tudo que os palpiteiros falam:
Até porque seu instinto de mãe é poderoso, apesar de você duvidar. Ninguém sabe mais do que você do que seu bebê precisa. Aceite conselhos com muita parcimônia.
8. Se os sintomas persistirem, procure ajuda profissional:
O mundo pode achar que é frescura, que passa, que é assim mesmo, mas essa transição não precisa ser sofrida. Pode até ser dolorosa, mas sofrimento é um pouco demais. Um profissional qualificado pode te ajudar melhor nessa fase se estiver sendo muito difícil. Não exite em procurá-lo.
Referências
GUTMAN, Laura. A maternidade e o encontro com a própria sombra.
http://www.bellybeginnings.com/Handouts/LLLTearoffSheets/BabyBlues.pdf
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