Muitas dúvidas ocupam a cabeça das mulheres que estão esperando um bebê ou pretendem engravidar.
Reuni aqui as 10 principais dúvidas sobre o trabalho de parto em respostas simples e curtas para facilitar o entendimento.
Nesse post você vai encontrar
Primeiro: esqueça tudo que você já ouviu por aí sobre a dor do parto. Não é dor da morte, nem nada similar. A dor existe? Sim! Mas ela não é maior que você! Nosso corpo é preparado para lidar com a dor das contrações (que, aliás, tem uma função que podemos tratar em outro texto). Por meio de uma orquestra hormonal nosso corpo vai se preparando e se adaptando para lidar com a dor das contrações. Além disso, você pode utilizar métodos não farmacológicos (por exemplo: massagens, aromaterapia, imersão em água quente, etc) ou mesmo farmacológicos (analgesia, por exemplo) para aliviar a dor. Ela vai aumentando gradativamente de forma a permitir a adaptação corporal e, dessa forma, parece que nosso limiar de dor vai se esticando gradativamente até o nascimento do bebê.
Ahhh o temido cocô! Você não sabia? É muito comum a mulher defecar durante o trabalho de parto. Sim! Parto é isso: tem suor, lágrimas, sangue e, comumente: cocô! Mas não adianta tentar fazer jejum pra limpar o intestino (o metabolismo da gestante é mais lento e em geral vai ter algum material presente no intestino e jejum pode fazer mal e atrapalhar o andamento do trabalho de parto), não adianta tentar “prender” para que as fezes não saiam. Isso acontece não por algum possível “desarranjo”, é justamente pela passagem do bebê no canal que acaba “empurrando” qualquer coisa que esteja no intestino para fora. As equipes que acompanham partos estão acostumadas e não se incomodam com isso. Aliás, te conto um “segredo”: quem acompanha partos geralmente comemora quando isso acontece, pois é um sinal de evolução do parto e descida do bebê. Quanto ao seu acompanhante: deixe ele (ou ela) previamente avisado a respeito disso e do quanto é normal, afinal, assim como o parto, fazer cocô é fisiológico e natural.
A bolsa das águas ou bolsa amniótica, onde o bebê fica no útero, repleta de líquido pode romper antes do trabalho de parto, durante (que é o mais comum) ou mesmo, não se romper e o bebê nascer dentro da bolsa. Geralmente são duas possibilidades: uma ruptura “grande” da bolsa: essa em geral não deixa dúvidas, pois escorre uma grande quantidade de líquido, geralmente com aspecto de água de coco e cheiro de água sanitária, podendo ou não conter um pouco de sangue; ou o que chamamos de ruptura alta: quando faz um “furinho” na bolsa e o líquido fica vazando aos poucos. Neste caso é possível que a mulher não perceba o rompimento. Em caso de dúvida, recomenda-se usar um absorvente e/ou calcinha de cor clara para observar o líquido, fazer movimentos tais como: rebolar e tossir, pois, geralmente, quando a bolsa está rompida cada vez que se faz esses movimentos vaza um pouco mais de líquido e, claro, procurar avaliação médica para verificação.
Em algumas maternidades há a recomendação para que a mulher em trabalho de parto permaneça em jejum. Essa orientação tem caído cada vez mais. Isso acontecia pela possibilidade de precisar fazer uma cesariana e evitar que a mulher recebesse anestesia com o estômago cheio, visando diminuir o risco de vômitos e possível aspiração. Entretanto, atualmente já se sabe que é importante o contrário, ou seja, que a parturiente se alimente e hidrate durante o trabalho de parto. Afinal, ela está gastando grande energia e o bebê também. É preciso se alimentar e hidratar para garantir um bom aporte sanguíneo e de oxigênio para que o bebê se mantenha saudável durante seu nascimento.
Esse procedimento comumente chamado de “pique” tem o nome técnico de episiotomia, que é um corte feito objetivando ampliar a abertura do canal vaginal para, supostamente, acelerar a saída do bebê. Atualmente já existem diversos estudos e a recomendação da OMS e Ministério da Saúde para que esse procedimento não seja realizado de forma rotineira. Novos estudos investigam se há, de fato, real indicação para sua realização. A episiotomia vem, cada vez mais, sendo apontada como uma violência obstétrica, portanto, não, não é preciso nem recomendável que o corte seja feito. Escolha bem e converse com a equipe que irá te atender.
Em geral o trabalho de parto vai iniciando com contrações que aumentam de intensidade e duração gradativamente e intervalos que vão ficando mais curtos. As contrações vêm geralmente com dor (cujas características podem variar) e endurecimento da barriga, causando, inclusive, alguma “deformidade” momentânea no formato da barriga. É comum ter dúvida quanto ao início, porém, conforme o trabalho de parto avança a dor aumenta e vai ficar cada vez mais difícil ignorar ou tratar como um simples desconforto. É por isso que é comum ouvir que “quando você estiver em trabalho de parto ativo, não terá dúvidas”. Existem mulheres que não sentem nada ou sentem apenas pequenos desconfortos? Sim, mas elas são exceção à regra. De qualquer forma, é importante ficar atenta a mudanças no seu corpo e, em caso de dúvida, procurar assistência adequada.
Esse é um receio comum, porém são raros os casos em que isso acontece. Em geral, o trabalho de parto leva tempo suficiente para que a mulher seja deslocada para o local (hospital/maternidade) onde o bebê irá nascer. Em geral é difícil ignorar as contrações e sua evolução. Esses casos ficam marcados justamente porque dão ibope e por isso logo se tornam notícias de grande alcance. Se isso de fato acontecer com você, chame o serviço de socorro de sua cidade (Ex: SAMU), siga as orientações que eles te passarem. Não tente cortar o cordão umbilical e mantenha o bebê junto ao corpo da mãe e aquecido.
A melhor posição é aquela em que a parturiente se sinta mais confortável e isso vai variar de acordo com a mulher, posição do bebê, ambiente… Entretanto, posições mais verticalizadas (cócoras, usando banqueta de parto, por exemplo) tendem a facilitar a saída do bebê, enquanto posições tais como deitada de lado diminuem a sobrecarga sobre o períneo. Tudo vai depender da preferência pessoal e assistência que a mulher tem acesso.
Até bem pouco tempo acreditava-se
que o trabalho de parto evoluía 1 cm (de
dilatação) por hora (ainda tem muitas pessoas que acreditam nisso), no entanto vários estudos já demonstraram que o tempo de evolução de um trabalho de parto varia significativamente de mulher para mulher e mesmo em diferentes partos de uma mesma mulher. Assim sendo, é impossível predizer ou estimar quanto tempo um bebê vai levar para nascer. O importante é ter um adequado acompanhamento que garanta a saúde de mãe e bebê e utilizar medidas para aliviar a ansiedade.
O acompanhamento por uma equipe capacitada é primordial! É preciso monitorar o bebê por meio da ausculta fetal e, se necessário, um exame chamado cardiotocografia que é capaz de avaliar os batimentos cardíacos fetais e como o bebê está reagindo e se comportando durante as contrações. A partir da fase ativa do trabalho de parto é importante o acompanhamento por parteiras (enfermeira obstétrica ou obstetriz) e/ou médico. Toda gestação apresenta algum risco, mas com o devido pré-natal e assistência por profissionais atualizados, é possível ter segurança máxima para a dupla mãe-bebê.
Você tem alguma dúvida adicional que te angustia ou preocupa? Manda pra mim preenchendo esse formulário!
Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience.
https://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/
Buscar um parto normal humanizado pode ser bem solitário. Parece que um evento natural é…
O parto normal é o processo mais natural e saudável para o nascimento de um…
O parto normal é um tema que desperta muitas dúvidas e questionamentos nas gestantes e…
Dia 28/01 sábado por volta as 18:30, comecei a ir ao banheiro fazer xixi e…
Minha dpp era 26/12, e eu já estava com consulta marcada pro dia 27 pronta…
Minhas contrações se intensificaram no dia 05/12 (sim no dia do jogo do Brasil contra…