No Brasil, muitos mitos assombram as mulheres que desejam vivenciar um parto natural. As mulheres são desencorajadas durante todo o período gestacional a terem seus filhos por meio de parto normal com justificativas médicas das mais variadas, sempre tendo o nascimento através de uma cirurgia cesariana como sendo a única alternativa segura.
Um dos mitos mais comuns é a “FALTA DE PASSAGEM”.
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Não há evidências de exames que antecipem o resultado da relação entre a pelve da mãe e a cabeça do bebê, que somente a dinâmica corporal que ocorre durante o trabalho de parto permite testar. Aguardar o trabalho de parto, manter a monitoração da frequência cardíaca fetal e não privar esta mulher de se movimentar livremente. Músculos e ligamentos são ajustados durante esta dinâmica para que o bebê encaixe e consiga rotacionar mesmo por uma pelve estreita.
Além de preconceituosa e ofensiva, esta afirmação é descabida, mulheres com peso ponderal elevado não possuem alterações anatômicas que comprometam a dinâmica do parto e devem ter assistência adequada e liberdade de deambulação e escolha da posição de parto para permitir o nascimento. A gordura corporal se deposita em tecidos, não tendo qualquer relação relevante na movimentação corporal na prova de trabalho de parto.
O canal vaginal é formada por pacotes longitudinais de fibras musculares elásticas que são capazes de se expandir para a passagem natural do bebê e posteriormente retoma suas dimensões de repouso.
Salvo em situações patológicas muito severas, como, por exemplo, quando há hidrocefalia, um crescimento rápido da cabeça e alteração do formato do crânio como resultado do acúmulo de líquido nos ventrículos cerebrais. Bebês macrossômicos cujas mães tenham sido diagnosticadas com diabetes gestacional descompensada, a cirurgia pode ser a via de nascimento mais apropriada.
Um diagnóstico de bebê grande usando como parâmetro único a medição calculada através de exames de imagem como a ultrassonografia é bastante relativa. Devemos considerar que o cálculo do peso nestes exames é estimado e requer uma avaliação mais minuciosa de outros fatores de risco antes de ser considerada uma cirurgia cesariana.
Somente o trabalho de parto permite que a mulher chegue à dilatação total. Entretanto, o modelo de assistência ao nascimento instituído no Brasil geralmente opera as mulheres antes que entre em trabalho de parto, ou o fazem na latência do trabalho de parto com diagnóstico equivocado de perda de progressão.
A “falta de passagem”, ou desproporção céfalo-pélvica, uma condição bastante rara, somente pode ser diagnosticada mediante a prova de trabalho de parto. Quando em trabalho de parto e mesmo após muitas horas com dilatação cervical completa, juntamente com a descida do bebê na pelve materna que se verifica esta compatibilidade.
Esta condição é comumente mal diagnosticada quando, a assistência se guia nas convenções obstétricas tradicionais, que não se baseia em evidências científicas. Na qual se pressupõe que o tamanho da bacia da mãe pode impedir um parto vaginal e que isso possa ser identificado pelo exame de toque, ou pelvimetria ainda no pré-natal.
Entretanto, a revisão sistemática sobre indicações de cesariana baseada em evidências, a desproporção cefalopélvica (DCP) representa uma das mais frequentes indicações de cesariana, porém frequentemente é diagnosticada de forma inadequada, pois esta condição somente pode ser detectada durante o trabalho de parto através da evolução registrada no partograma.
Exames clínicos como pelvimetria, mesmo quando realizados via tomografia ou ressonância são contraindicados para decisão sobre a via de nascimento, pois não são capazes de prever falha da progressão do trabalho de parto.
Indicações de Cesariana MBE parte 1:
https://www.dropbox.com/s/p9xv0m8kbg7tsvn/cesariana_baseada_evidencias_parte_I.pdf
Indicações de Cesariana MBE parte 2:
https://www.dropbox.com/s/3arvh5klobo63jz/cesariana_baseada_em_evidencias_parte_II.pdf
BLOG Melania:
http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html
Publimed, indicações de cesárea:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Cesarean+Section%22%5BMesh%5D
Método Spinning Babies, utilizado para disponibilizar espaço para o feto se posicionar melhor para nascer:
https://spinningbabies.com/
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http://www.doulasrj.com.br/
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Adorei!!
Tive minha primeira filha tive normal mais foi um parto muito difícil é forçado muito só que agora eu ñ tenho mais passagem porque isto acorreu.