É seu primeiro filho (ou não), um universo totalmente novo, humanização, doula, parto, tudo é muito novo e muitas palavras antes desconhecidas agora fazem parte do seu vocabulário. Mas que o parto normal é melhor para você e o bebê, isso você já aprendeu, porque todo mundo te diz isso. Você tem medo e lá no fundo sente uma angústia enorme quando pensa no parto, fica ansiosa pensando em como ele vai começar, como vai ser? Todas nós passamos por isso! É normal ter medo do desconhecido. Pensando nisso, quero te contar como é importante cuidar do nosso emocional durante o tão esperado trabalho de parto.
Nesse post você vai encontrar
Antes de qualquer coisa vamos entender como ocorre o trabalho de parto. Ele se inicia quando o bebê está pronto, com os pulmões maduros, é liberado um surfactante que envia pro cérebro da mãe a mensagem “ok, esse bebê já pode nascer”, começando assim uma orquestra de hormônios bem bonita. Ocitocina, prolactina, adrenalina, melatonina, prostaglandina, relaxina, progesterona, estrogênio e endorfina são os hormônios responsáveis por essa dança.
Acontece que esses hormônios são bastante influenciados pelo nosso emocional. A ocitocina, por exemplo, é tímida. Gosta de luz baixa, tranquilidade, privacidade, afinal ela é liberada em momentos de prazer, como na relação sexual e em momentos de alegria, como um abraço ou um encontro entre amigos. Ao menor sinal de perigo ou estresse ela diminui e assim as contrações também somem. Você já deve ter ouvido relatos de mulheres que estavam em franco trabalho de parto e foi só alguém entrar na sala, o médico falar alguma coisa ou qualquer outro incômodo, que o processo simplesmente estacionou. Pois é! Nesse caso a adrenalina aumentou de concentração e ocupou os receptores que deveriam ser da ocitocina.
A adrenalina é o hormônio do estresse, da excitação, representa o medo fisiológico que leva a mulher para dois comportamentos de defesa: luta ou fuga. Quando a adrenalina aumenta, há grandes chances da mulher entrar na tríade “medo-tensão-dor”, aumentando a dor no trabalho de parto e dificultando a dilatação.
Apesar do parto ser curto em tempo, ele é longo no sentido de vivências, são muitos medos e muitas expectativas acerca desse momento. Cada gestante tem seus medos decorrentes da sua história pessoal, pode ser receio de não reconhecer o trabalho de parto e não conseguir ter ajuda médica na hora adequada, medo da morte, da dor, medo de ser rasgada quando o bebê nascer ou até mesmo medo de nao saber cuidar adequadamente do recém-nascido. É um período emocionalmente intenso.
E tem o que fazer para deixar esse processo mais leve? Tem sim! Anota aí as dicas:
Aceite seus medos
Com todas essas informações em mãos, conseguimos entender que o que o nosso estado emocional grita, nosso corpo responde, isso afeta a dança hormonal do parto e o modo como lidamos com a dor. Trabalhar nossos medos, liberar nossas culpas, aceitar nossas limitações, entender que o parto é um evento fisiológico e porque não dizer animalesco, envolve gritos, fluidos, dor, superação. Esses serão grandes aliados para uma experiência positiva de parto.
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Referências
Abordagem psicológica em obstetrícia: aspectos emocionais da gestação parto e puerpério – http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/download/1260/1235
Gestação e preparo para o parto: programas de intervenção –http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/gestacao_preparo_parto_programas_intervencao.pdf
Experiência de parto: Alguns factores e consequências associadas – http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v20n2/v20n2a02.pdf
BALZANO, Cristina. O Parto é da mulher! Guia de preparação para um parto feliz.
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