Muitas mulheres ficam com medo de fazer cocô durante o parto, e algumas quando descobrem que esta é uma possibilidade na hora do parto até pensam em desistir do parto normal ou ficam com muito medo disso ocorrer.
Acalmem-se mulherada! Fazer cocô durante o parto é mais comum do que imaginam!
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Na fase do trabalho de parto em que o colo do útero está em sua dilatação total de 10 cm (período expulsivo), o bebê vai descendo mais e mais, a sua cabeça pressiona o reto que é a parte final do tubo digestivo, e que esta fica localizada atrás do canal vaginal. Então, a cabeça do bebê aperta esta região e a mulher sente a sensação ou mesmo a vontade de querer fazer cocô.
Este é um momento em que a equipe comemora, pois é sinal de que está no final do trabalho de parto!
O nosso corpo é tão perfeito que, em grande parte das vezes, um dos sinais que mostram que o parto está próximo é a vontade repetida de ir ao banheiro fazer o número 2. E até mesmo durante o processo de parto é muito comum a mulher ir por vezes ao banheiro. No final da gestação o corpo libera diversos hormônios que mexem com o intestino, e a parturiente sente muita vontade de fazer cocô. Isso de alguma maneira auxilia para que, no expulsivo, a mulher não venha a defecar na hora do nascimento do bebê.
Mulheres que optaram por realizar o procedimento de enema, contam ter se sentido mais constrangidas pois, as fezes ao invés de se manterem sólidas e durinhas, pode ocorrer de ficar escorrendo pelas pernas algum fragmento que restou. Sem este procedimento é mais fácil de se realizar a higienização já que as fezes saem mais durinhas. Então, toda a preocupação em evacuar no parto aumenta, pois as mulheres se sentem mais vulneráveis e tensas com isso.
A mulher mesmo sabendo disso e pretendem mesmo assim realizar o enema está tudo bem, a escolha é de cada uma e devemos respeitar.
Lembre-se: a equipe já está mais que acostumada com todas essas respostas fisiológicas que o corpo mostra em um nascimento, é natural!
Parto é um monte de nuances, misturas e emaranhados! De adrenalina, agitação, secreções, gemidos, gritos, suores, cocô. Também de ocitocina e amor! É tudo fisiológico, é tudo natural.
Quanto mais entrega neste momento, mais leve, amoroso e tranquilo será. Se solte, não segure. Deixe que venha, deixe que nasça. O que atrapalha o parto deixamos do lado de fora do cenário. Segurar o cocô, é travar o nascimento do bebê. Continue no foco de trazer o seu filho ao mundo. Fique feliz em sentir que quer fazer cocô, isso conta que logo estará com seu bebê nos braços.
Quer saber mais sobre este trabalho que realizo, entre na minha página @psiannaiza.
Lopes MHBM, Silva MAS, Christóforo FFM, Andrade DCJ, Bellini NR, Cervi RC, et al. O uso do enteroclisma no preparo para o parto: análise de suas vantagens e desvantagens. Rev Latino-am Enfermagem 2001 novembro-dezembro; 9(6):49-55 http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n6/7826.pdf
MAIA, MB. Humanização do parto: constrangimentos e potencialidades. In: Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e ethos profissional. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2010, pp. 119-161. ISBN 978-85-7541-328-9. https://static.scielo.org/scielobooks/pr84k/pdf/maia-9788575413289.pdf
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