Aí, você passa a gestação toda preparando o enxoval e o quarto, organizando o chá de bebê, a mala da maternidade, lendo e se informando sobre o parto que é muito importante, mas você já pensou no seu Pós-parto? Já planejou e organizou a sua Rede de Apoio?
O Puerpério (pós-parto) que é popularmente conhecido como Resguardo, é um momento de adaptação onde a recém-mãe deverá assumir novas responsabilidades devido à maternidade. Independente de ser o primeiro, segundo, terceiro filho, o resguardo sempre será um momento de adaptações, afinal de contas ser mãe de um é diferente de ser mãe de dois e assim por diante.
Um bebê dentro de casa exige muito da mulher e se ela não tiver uma boa Rede de Apoio, ela terá que arcar com diversas tarefas domésticas, muitas vezes sozinhas e sem nenhum tempinho para o descanso.
É por esses e outros motivos que é profundamente necessário que a gestante encontre e planeje sua Rede de Apoio ainda na gestação.
Nesse post você vai encontrar
É o conjunto de pessoas que estão dispostas a apoiar e auxiliar a recém-mãe logo após o parto, nesse período em que o bebê demanda muita atenção da mãe, pois é o período em que os dois estão se conhecendo.
A Rede de Apoio deve ajudar nas tarefas domesticas como cuidar da casa, lavar a louça, roupa banheiro para que ela não tenha mais essa preocupação, ajudar fazendo comida para que a mãe se alimente de uma forma nutritiva, oferecer uma água enquanto a mulher estiver amamentando, ficar com a criança quando a mãe precisar fazer suas necessidades básicas como tomar um banho, se alimentar e cochilar, ouvir o que ela tem a dizer sem julgamentos e não critica-la se ela disser que era tão difícil amamentar, cuidar de um bebê entre outras coisas.
O auxilio da Rede de Apoio nessas tarefas ajuda a diminuir parte do estresse da recém-mãe que poderá cuidar do bebê com menos culpa, e nos momentos em que ele dormir, ela poderá descansar ou aproveitar para fazer outras atividades. Além disso, a Rede também é de grande importância durante o período da amamentação, exercendo papel fundamental para o sucesso desta prática, apoiando-a e valorizando-a.
É importante deixar claro que a Rede de Apoio acolhe, auxilia e apoia a mãe, para que ela tenha sua atenção totalmente voltada para o cuidado com o recém-nascido.
Pense quem são as pessoas mais próximas e que estão dispostas a ajudar, e de quem você gostaria de ter ajuda e com o quê? Geralmente a Rede de Apoio é composta por membros da família como mãe, sogra, avós, tios, porém nada impede que sejam amigos ou padrinhos da criança.
Também tem a Rede de Apoio contratada, mas independente de quem seja, o importante é que a puérpera tenha confiança nos escolhidos, que sejam pessoas que darão segurança e apoio, respeitando suas escolhas e decisões, sem julgamentos.
O parceiro também pode aumentar o suporte à companheira e ao bebê, estimulando seu vínculo com o recém-nascido, ajudando efetivamente nos cuidados com o bebê e auxiliando na manutenção do aleitamento materno.
É de extrema importância que você e seu parceiro pensem e teçam a Rede de Apoio ainda na gestação, organizando os membros e as tarefas de cada um, para que o Resguardo se torne mais leve e você possa dedicar o maior tempo possível ao novo membro da casa.
A doula de pós-parto se enquadra na rede de apoio e enquanto todas as ajudas com serviço doméstico, alimentação e etc. visam ajudar a mãe a poder cuidar melhor do bebê, a doula está ali para amparar e ajudar a mãe.
Mas a doula pode ajudar com algumas tarefas da casa, ficar com o bebê para a mãe se banhar ou comer. Esse é um papel que geralmente já é atribuído a outras pessoas da família, mas caso a mãe esteja sozinha e precise de alguém para desempenhar esse papel, a doula pode ser uma opção.
A doula também tem um papel fundamental no Resguardo, que é oferecer suporte emocional de escuta e acolhimento das dificuldades e suporte prático a essa nova rotina, podendo esclarecer as principais dúvidas sobre amamentação, dos cuidados com o bebê, ensinar coisas básicas como banho, trocas de fraldas, cuidados com o coto umbilical.
O importante é sempre lembrar que o papel da doula não é o de ser babá ou tomar a frente da mãe para fazer essas coisas, mas sim o ensinamento com a observação e ajuste daquilo que está errado, mas sempre com cuidado para que a mãe não se sinta desamparada ou incapaz.
Referências:
Rede de apoio social na prática da amamentação http://www.scielo.br/pdf/ean/v19n2/1414-8145-ean-19-02-0310.pdf
Rede de apoio a mulher no puerpério https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/61440
Alterações na rede social de apoio durante a gestação e o nascimento de filhos https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5&q=rede+de+apoio+pós+parto&btnG=#d=gs_qabs&u=%23p%3DeG2f2BGO9p8J
Acolhimento no cuidado à saúde da mulher no puerpério https://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017000305011&lang=pt
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