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O que não dizer a uma gestante!

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Está convivendo com alguma gestante? Veja o que não dizer a uma gestante nessas 5 frases extremamente comuns.

Shhhhhhh!

Que peito pequeno! Ixi, será que você vai ter leite?!

Antigamente acreditava-se que seios fartos = abundância de leite. Isso é um mito, pois o tamanho do seio está correlacionado com a quantidade de gordura na mama. Já a produção de leite depende da glândula mamária – que é praticamente do mesmo tamanho em seios P, M, G ou GG.

Histórias de horror sobre o parto!

Nossa, eu conheço uma amiga da prima da vizinha da tia que…
Qual a necessidade de contar histórias trágicas do parto a uma gestante, meu povo? Sei que muitas vezes a intenção é de alertar, há uma preocupação por trás da fala, mas que tal empoderar e apoiar a decisão da mulher? Sabemos que há riscos inerentes do processo de gerar e parir, mas certos comentários só trazem medo e insegurança desnecessários para o momento. Aqui vale o “troco sua história de horror por um pacote de fraldas” que é bem mais útil!

Nossa, quanto você engordou/não engordou?!

Fonte: Pixabay

Pra quê essa curiosidade?! Sensibilidade e empatia mandam lembranças…
Não sabemos como a gestante está lidando com as mudanças corporais e pra quê querer saber, e de certa forma trazer um conceito de certo e errado no ganho de peso daquela mulher?

Jura que você vai fazer uma cesárea? É loucura…
Jura que você vai ter parto normal? É loucura…

Na verdade, eu vou chamar a cegonha e num passe de mágica essa criança estará nos meus braços!
Sim, não haverá um consenso diante da escolha da gestante. Sempre terá o time pró-cesárea e o time pró-parto normal. Cabe a gestante se informar muito e fazer suas escolhas baseadas no que considera o ideal para si. Nessa escolha (e em todas as outras) não cabem  julgamentos externos. A forma de nascer não faz ninguém mais mãe ou menos mãe e optar por parto normal não é coisa de índio, tá bom?

Quando eu estava grávida, eu xxxxx…

Ahh a comparação! Pra que comparar seres incomparáveis, hein?! Cada mulher é um universo particular, cada gestação é única e nossa individualidade precisa ser respeitada.

Junto com essa frase sempre surge “ah, mas na minha época não era assim ou na minha época eu fazia…”. Tudo muda no mundo o tempo todo, já dizia Lulu Santos, isso é fato! Hoje temos acesso a muitas informações que eram inexistentes na época das nossas mães e avós. E tudo bem! Mesmo tendo dado certo no passado, é possível experimentar novas formas de maternagem, desenvolver a sua forma de cuidar do seu filho. Sem essa de conceitos de certo e errado que estão enraizados em crenças passadas de geração a geração.

Empatia, segundo o dicionário Michaelis:

1 PSICOL Habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa.
2 PSICOL Compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem.
3 Qualquer ato de envolvimento emocional em relação a uma pessoa, a um grupo e a uma cultura.
4 Capacidade de interpretar padrões não verbais de comunicação.
5 Sentimento que objetos externos provocam em uma pessoa.

 

Fonte: Pixabay

Vamos imaginar uma mulher que está esperando o seu primeiro bebê. Além do vai-e-vem hormonal dentro dela, há medos, tensões relacionadas ao desconhecido, inseguranças, mesmo se a gestação foi planejada e a alegria de gestar paira no ar.

Sabe do que essa mulher precisa? De empatia! Ela precisa ser ouvida e não bombardeada com perguntas desnecessárias ou julgamentos acerca de suas escolhas. Ela precisa de uma escuta compassiva. Ela precisa de apoio. Quando não souber o que falar, não fale! Sorria…

Referências

Rosenberg, Marshall B. Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa – https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/empatia/

Os significados do cuidado na gestação – http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2015000100010

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Doula Carol Medeiros (São Bernardo do Campo-SP)

Doula de parto, terapeuta floral, aromaterapeuta clínica em formação, reikiana e biomédica. Apaixonada por flores, ervas e toda forma de cura proporcionada pela natureza.Acredito no protagonismo feminino e meu papel é fazer com que você também acredite (em si)! Autoconhecimento, informação e respeito ao parir e ao nascer.Cidades de atuação: Grande ABC e São Paulo-SPInstagram: @doula.carolmedeirosWhatsApp: (11) 96397-9092E-mail: carol.aromadoula@gmail.com

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