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Grupo de Gestantes, porque participar?

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A medicalização e o movimento tecnocrata levou a mulher a perder seu lugar de fala em um evento que é puramente dela, o parto. Aceitamos que os médicos façam procedimentos e intervenções sem nosso consentimento e ainda acreditamos plenamente que receber essa atenção é nossa escolha mais segura. Com isso, perdemos a nosso protagonismo, desacreditamos a função de nossos corpos, nossos instintos. Felizmente, na contramão desse movimento começaram a aparecer grupos de gestantes com objetivo de compartilhar informações atualizadas a respeito do ciclo gravídico puerperal e é sobre o porquê você deve frequentar esses espaços que a gente vai falar agora!

O Sistema obstétrico

entendedores entenderão

O sistema obstétrico atual está diretamente atrelado às práticas que restringem a autonomia das mulheres no processo de parto e nascimento. Os princípios básicos desse modelo:

  • Práticas autoritárias de assistência à saúde, ou seja, a posição de autoridade assumida pelo profissional sobre a pessoa cuidada, neste caso, a mulher desapropriada do controle do próprio corpo.
  • A relação assimétrica entre profissional e paciente, o que se torna visível no momento do parto, pois, mesmo quando a mulher participa, é para colaborar com o trabalho do profissional e não para garantir o exercício de sua autonomia. 
  • Não lhe é permitido expor seus sentimentos ou opinar sobre seu parto. Seu corpo não lhe pertence; mesmo que falem, as mulheres parecem não serem escutadas.

A Gravidez traz grandes mudanças…

mudaaanças!

A gravidez é considerada um momento de grandes mudanças. Para o casal, mudanças sociais e emocionais. Para a mulher além dessas, as corporais. É um período de adaptação que mobiliza muitas emoções: medos, angústias e insegurança. 

A informação atua para tornar mais familiar uma situação desconhecida, amenizar esses medos e inseguranças, diminuindo a ansiedade durante a gestação e trazendo tranquilidade no processo de gestar e parir. E onde podemos encontrar informação de qualidade? Se respondeu na internet, tudo bem, tem sim muita coisa boa por aqui, mas nada melhor do que encontrar pessoas com os mesmos objetivos e mesmas dúvidas que você, não é verdade?

Grupos de Apoio

pixabay

Os grupos de apoio tendem a reunir em torno de um objetivo específico um conjunto de pessoas que estejam passando pela mesma fase, período de adaptação e mudança. 

Os grupos de gestante surgem para trocar informações e experiências de pessoas que estejam nessa fase da vida. Além de diminuir os

sentimentos de ansiedade e medos, os grupos possibilitam formação de vínculos sociais. Casais, gestantes, tentantes, pais que frequentam esses espaços de acolhimento sentem-se pertencentes de uma comunidade. Há uma troca muito rica entre as famílias, a formação de um vínculo de amizade que pode perdurar pela vida. É nesse contexto que rodas de conversas de gestação e parto podem ser extremamente benéficas para resgatar o

Roda Rede Koru. Foto: Marília Távora

protagonismo feminino no parto. A informação como ferramenta essencial para a mulher ter autonomia nas escolhas e começa a contestar atitudes e comportamentos. 

 

Com a crescente do movimento da humanização esses grupos estão aparecendo e se consolidando cada vez mais. Em Recife já temos vários e você pode saber onde eles acontecem nesse link.

Roda Rede Koru. Foto: Marília Tavora

Como forma de apoio e troca de informação, a Rede Koru (Coletivo de Doulas que coordeno com mais três parceiras) também oferece rodas de conversa para empoderar e acolher famílias que procuram conhecimento sobre gestação e parto, transmitindo informações atualizadas e com bases em evidências científicas. Elas acontecem no Espaço Açucena, que fica na região central da cidade! Então se você está buscando compartilhar vivências e conhecimentos sobre gravidez, parto e pós-parto, vem com a gente! A próxima já é dia 15 de fevereiro, este sábado! As 9h! Para se inscrever preenche o formulário AQUI!

 

Referências

Autonomia feminina no processo de parto e nascimento: revisão integrativa da literaturahttp://www.scielo.br/pdf/rgenf/v38n1/0102-6933-rgenf-1983-144720170164677.pdf

Em torno da ansiedade: subjetividade, mudança e gravidezhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/intersecoes/article/view/8557/6442

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Doula Laís Torres (Recife-PE)

Sou mãe de 3 meninas, Doula e formada em Odontologia. Foi depois que minha primeira filha nasceu de um parto com muitas intervenções que mergulhei no mundo da humanização e me apaixonei pelo universo da Doulagem. Tive a minha segunda filha num parto humanizado hospitalar, fiz a formação de Doula pelo Statera Cursos - Recife e durante ela engravidei pela terceira vez, mais uma vez pari.Todas merecemos ser respeitadas, orientadas e apoiadas em nossas escolhas durante todas as fases: gestação, parto e pós parto. Que sonho seria se todas as mulheres soubessem do seu poder e da potência que é parir seus filhos.Enquanto Doula atendo de forma individual, fazendo a preparação e o acompanhamento do parto. Também trabalho de forma coletiva junto com as minhas parceiras da Rede Koru. Mensalmente oferecemos rodas de conversas gratuitas focadas na humanização do parto no bairro da Boa Vista.Cidade de atuação: Recife-PEInstagram: @lalatorres.doula @redekoruContato: (81)981879395 (WhatsApp)Entre no grupo de apoio do whatsapp AQUIE-mail: lais.tmps@hotmail.com

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