Em um país marcado por um cenário obstétrico de má assistência, a gravidez de alto risco ainda é o argumento de muitos médicos e profissionais de saúde para indicar cesáreas que, muitas vezes, são desnecessárias.
Mas quando o assunto é gestação de alto risco, como saber o que é mito e o que é verdade? Como se defender deste cenário?
Nesse post você vai encontrar
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá na maior parte dos casos sem intercorrências. Entretanto, há uma pequena parcela de gestantes que apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o bebê como para a mãe, configurando uma gravidez de alto risco.
O alto risco na gravidez é definido por uma série ampla de condições clínicas, obstétricas ou sociais que podem trazer complicações ao período gestacional, ameaçando o bem-estar do binômio mãe-bebê e comprometendo o desfecho da gestação.
Por isso, a assistência pré-natal deve ser uma avaliação dinâmica das situações de risco e ter prontidão para identificar problemas para poder atuar de maneira a impedir um resultado desfavorável. A ausência do pré-natal, por si só, pode incrementar o risco para a gestante ou o recém-nascido.
A gestação é classificada como risco habitual, ou baixo risco, e alto risco. Ou seja, existe um risco e é importante esclarecer que uma gestação de risco habitual pode se tornar de alto risco a qualquer momento, durante a evolução da gravidez ou durante o trabalho de parto. Havendo a necessidade de reclassificação do risco a cada consulta pré-natal e durante todo o trabalho de parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal.
A avaliação de risco na gravidez é uma recomendação do Ministério da Saúde (MS), que aponta vários tipos de fatores geradores de risco gestacional. Alguns deles podem estar presentes ainda antes da gestação, outros referem-se a condições ou complicações que podem surgir no decorrer da gestação transformando-a em alto risco. E podem assim serem agrupados:
Antes da gestação:
No decorrer da gestação:
A identificação desses fatores, que interferem na situação de saúde da mulher e do bebê durante o ciclo gestacional, é um processo imprescindível para acelerar ações de promoção e proteção a saúde da mãe e do bebê.
Diante dos muitos fatores que contribuem para que uma gestação mereça mais cuidado e atenção, é preciso saber reconhecer a diferença – muitas vezes, sutil – entre o que é mito e o que é verdade.
A determinação da via de parto e o momento ideal para este evento nas gestações de alto risco são grandes questões no nosso cenário. Mas a decisão deve ser tomada de acordo com cada caso e é fundamental o esclarecimento da gestante e sua família, com informações baseadas em evidências científicas atuais e de maneira que lhes seja compreensível, quanto às suas opções e os riscos inerentes a elas, sendo garantida a autonomia e o protagonismo da mulher em todo o processo.
Gravidez de alto risco não é sinônimo de cesariana. Em muitas situações a indicação é o parto normal, sendo possível a indução do parto ou mesmo aguardar o seu início espontâneo.
O risco na gravidez é um tema que gera muito medo em nós, mulheres e famílias. Portanto, para ajudar a lidar com esse sentimento, um caminho essencial a se fazer é o da informação baseada em evidências científicas atuais. Que tal começar por essa listinha que deixei nas referências?
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