Quantas vezes uma gestante ouve “seu bebê tá grande”, ou ainda “seu bebê tá muito pequeno hein”, não é verdade?! Mas quando isso deixa de ser terror das pessoas, e realmente devemos ter atenção?! Vem comigo e vamos entender melhor, em especial, sobre a RCIU – crescimento intra-uterino restrito, que atinge de 10 a 15% das gestações, segundo o Ministério da Saúde.
Nesse post você vai encontrar
Ao fazer o exame de imagem (ultrassonografia), todas as medidas do bebê são avaliadas e calculadas, e a partir daí, essas medidas entram numa tabela de percentil fetal (esse termo, inclusive você já deve ter ouvido falar também). E é justamente esse percentil que vai nos dizer se o bebê está se desenvolvendo como o esperado ou não, ou seja, se ele está na média dos bebês da mesma idade gestacional, ou se está acima da média (bebê muito maior do que o esperado), ou se está abaixo da média (bebê muito menor do que o esperado).
A restrição de crescimento intra-uterino acontece quando o bebê não atinge o tamanho esperado pra sua idade gestacional, ou seja, ele está abaixo do percentil 10 (para entender sobre o percentil, confere esse texto aqui). E a partir desse resultado, é necessário avaliar vários fatores, e a alimentação da mãe e qualidade da placenta e do cordão umbilical são um deles.
Pig, sigla dada para os bebês que são menores do que se espera para a sua idade gestacional. São bebês que não seguem a média. Muitas das vezes, esses bebês estão com ciur (crescimento intra-uterino restrito). E não sendo possível tratar esse bebê dentro do útero para que ele esteja, pelo menos, na média, o parto é antecipado antes que o quadro se agrave, pois se o bebê não está crescendo, sinaliza que o ambiente uterino não está favorecendo o seu desenvolvimento.
Bebês assim podem nascer com baixo peso, baixa resistência à infecção, nota de apgar mais baixa, hipoglicemia, dificuldade de manter temperatura corporal, desenvolvimento de doenças na vida adulta, e podendo, inclusive, em casos mais graves, chegar a óbito.
Voltando a falar do exame de imagem, é o médico da ultrassom que primeiro sinaliza essa deficiência. Ao perceber que o bebê não está enquadrado no percentil, ele irá orientar os pais e sinalizar o obstetra que está acompanhando o pré-natal, podendo haver também uma indicação para um nutricionista.
E porque juntar esse monte de gente? Pra avaliar e discutir o que pode estar causando essa restrição, na intenção de sempre buscar a melhor solução. As causas para a restrição podem ser várias, como por exemplo, insuficiência placentária (como a placenta é a grande responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes da mãe para o bebê, se a placenta apresenta alguma “falha, esse transporte fica comprometido), pressão alta, doença cardíaca, diabetes, desnutrição, anemia, consumo de álcool, cigarro ou drogas e algumas infecções.
Por isso, a importância de profissionais multidisciplinares, que avaliarão a alimentação, as taxas no sangue, históricos anteriores, etc, tudo para compreender o que pode estar causando a ciur – crescimento intra-uterino restrito e buscar o tratamento.
1 – Respirar fundo e manter a calma.
2 – Buscar profissionais de confiança e atualizados.
3 – Se informar com base em evidências científicas.
4 – Fazer acompanhamento com nutricionista e melhorar a alimentação.
5 – Fazer os exames necessários e nos períodos solicitados.
6 – Manter o pré-natal rigorosamente, até perceber mudanças no resultado.
7 – Busque descansar e relaxar.
8 – Tenha hábitos saudáveis (físicos e alimentares)
E após a identificação da causa, pode haver diversos tipos de tratamento. E aí, é observar se o bebê corresponde ao tratamento, ou seja, crescendo e se desenvolvendo. Se tudo estiver bem, é só monitorar durante o pré-natal e seguir com a gestação. Se o bebê não corresponder a nenhum recurso, cabe avaliar e decidir, diante da idade gestacional, sobre o parto. Lembrando sempre que a decisão parte do “onde é mais seguro pro bebê estar, crescer e sobreviver?”, pois, às vezes, será necessário interromper a gestação e deixar o bebê na utin, onde ele poderá continuar o processo de desenvolvimento dele.
Claro, que tudo isso, deve ser avaliado, pensado e decidido em conjunto, com profissionais atualizados e de confiança. Por isso, cerque-se de profissionais que acreditem em você, e na sua gestação; que estejam sonhando com esse bebê tanto quanto você.
E se tiver alguma dúvida, pode perguntar aqui. Será uma alegria te ajudar.
E quando chegar a hora do seu bebê nascer uma boa hora pra vocês! Que seja lindo, leve e intenso!!!
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=493
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/etiologia_restricao_crescimento.pdf
https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/VolZ46Z-ZnZ6Z-Z2018.pdf
https://pebmed.com.br/acog-2019-saiba-como-manejar-o-crescimento-intrauterino-restrito/
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Ótimo !! Assunto com certeza desconhecido de muitas gestantes
Excelente texto! Nada como a informação para quebrar mitos e crenças q trazemos conosco. Obrigado!
Esse é nosso maior objetivo. Informar para que os casais estejam seguros para buscar assistencia e parto respeitosos. Obrigada
Parabéns pelo texto
Excelente texto! Parabéns!!! Bem esclarecedor.
Tive dois bebês com Ciur, o primeiro veio a óbito, o segundo está com 7 anos graças a Deus. Será que posso ter um terceiro bebê?
Estou com esse problema e estou mi preocupanda minha bebê