Você sabia que o parto não acaba depois que o bebê nasce? Ele só finaliza com o nascimento (dequitação) da placenta. A placenta, é um órgão que surge na gestação, aproximadamente pela 12ª semana (até esse período, o feto era nutrido pelo endométrio, que está com sua camada suuuuper espessa – o que resultaria na menstruação, caso a ovulação não ocorresse).
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Ela tem função hormonal, de nutrição, de oxigenação e muitas outras. A placenta tem um papel primordial na gestação e sem ela não seria possível nossa reprodução.
Logo após o parto, se essa for a sua vontade, conheça sua placenta. Agradeça ao seu corpo por gerar um outro órgão, capaz de nutrir a vida do seu bem mais valioso: seu filho (a).
Antigamente, nossas bisavós / avós mantinham o costume de enterrá-las perto de uma roseira para que a criança tivesse sorte na vida. Com a medicalização do parto e migração para o ambiente hospitalar, nossas placentas “deixaram de ser nossas” e passaram a ser descartadas em lixo hospitalar. O que salvamos dessa prática, é fácil saber: pergunte a sua mãe / avó, o que foi feito com o seu coto umbilical (certamente vai estar guardado ou seguindo uma tradição de nossas ancestrais, como o plantio). Se você já é mãe, bem provável que o tenha guardado também.
Ela é composta pela face materna (que fica em contato com a parede uterina), face fetal ( a face que o bebê visualiza por toda gestação), âmnion (membrana que reveste o bebê e o líquido amniótico), córion (membrana que reveste o âmnion), e o cordão umbilical, composto por duas artérias e uma veia.
Uma série de hormônios fundamentais para a manutenção e desenvolvimento da gestação, dentre eles:
Sabemos cuidar da alimentação ao longo da vida é importante, e enriquecer essa alimentação com determinados alimentos, pode intensificar as vitaminas e nutrientes que a placenta oferece.
Estudos apontam que o consumo da placenta, seja pós parto ( forma in natura), cápsulas, tintura mãe, pomadas, óleos terapêuticos e afins, auxiliam em processos de baby blues, descida e aumento da produção de leite, problemas dermatológicos (uso tópico), auxiliando também o estado emocional materno. Quando oferecida ao bebê, auxilia nas fases de transições.
Além do consumo, podemos eternizar a placenta de diversas formas, seja na tradicional pintura de placentas – os prints, mini jardins, quadros com o cordão umbilical, penduricalhos, filtro dos sonhos e o que mais a sua criatividade desejar.
Lembre-se que a placenta é sua, e por ser sua você tem direito sobre ela.
As Recomendações da Organização Mundial de Saúde para o nascimento estabelecem que: “AS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE DEVEM (…)
8- Preservar o direito das mulheres parirem em instituições, de decidir sobre a sua roupa e o bebê, sobre a alimentação, o destino da placenta, e outras práticas culturalmente significantes.”
O atual Código de Ética Médica, informa no Artigo 24 (antigo Art. 48) que é vedado ao médico: Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. Ou seja, o médico que obrigar a paciente a destinar sua placenta em lixo hospitalar, pode ser responsabilizado por tal ato.
Informe a sua equipe sobre o seu desejo de ter a sua placenta após o parto.
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Referências:
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