Você sabe do que é feito o leite artificial, também conhecido como leite de latinha ou a famosa fórmula? E o Leite Materno? Qual o valor nutricional deles? De onde surgiram? Qual é o melhor?
Nesse post você vai encontrar
O Leite Materno é produzido pela própria mulher, é feito exclusivamente para a sua cria, o seu filhote humano. A composição deste leite pode variar a sua concentração de nutrientes, dependendo da dieta materna, genética, grupos étnicos, duração da mamada (leite anterior e posterior), caso a criança esteja doente ou nos conhecidos saltos de crescimento. Além de ser considerado o alimento ideal pela Organização Mundial de Saúde(OMS) nos primeiros meses de vida, devendo ser ofertado exclusivamente até os 6 meses de vida da criança e, se possível, até os 2 anos ou mais. Especialmente para bebês prematuros, diversos estudos demonstram os efeitos benéficos do aleitamento materno (como por exemplo: menor incidência de infecção, sepse e melhor maturidade intestinal).
O Aleitamento Materno também favorece o desenvolvimento do sistema estomatognático, e previne maloclusões (desenvolvimento do maxilar e arcos dentais aquém do esperado), exige um trabalho muscular forte do recém-nascido (sucção, deglutição e respiração, que são funções vitais e inatas).
Os valores nutricionais do Leite Materno naturalmente atendem à porcentagem de adequação à Ingestão Dietética de Referência para os recém-nascidos de 0 a 6 meses, ou seja, é perfeito para o bebê! Contém anticorpos que vieram do contato da mãe com micro-organismos durante toda a sua vida, é rico em Imunoglobulina A – IgA(que também está no colostro, calma que já falo sobre ele!), anticorpos, lipídeos, oligossacarídeos, peptídeos bioativos, lactoperixodase(oxida bactérias de ação antimicrobiana) e outros nomes bem difíceis que só querem dizer que: protege o seu bebê de diversas doenças!
Aquele ‘leite ralinho’ que começa a jorrar um tempo depois que o bebê nasce, o Colostro, é super rico em nutrientes e deve ser ofertado sempre que possível para o recém-nascido. Sua composição leva células imunocompetentes que interagem que com a mucosa do trato digestivo e respiratório do lactente(também conhecido como: o seu bebê!), dando imunidade e ao mesmo tempo estimulando o sistema imune do recém-nascido. Vale lembrar que o leite de vaca(base das fórmulas modernas) não tem nada disso!
A primeira prescrição médica de um substituto do leite materno tem registro em 1784, na Inglaterra (leite de vaca, a saber). Desde então diversos estudos são feitos comparando o leite de vaca e o de cabra com o leite materno, e diversas maneiras de industrializar estes leites para que tenham maior duração também. Leite condensado (sim, já foi utilizado para alimentar bebês), diluição do leite de vaca com água, leite evaporado, até chegarmos nas fórmulas modernas que são produzidas por grandes indústrias e propagadas pelo mundo todo.
A composição deste complemento alimentar tenta imitar o leite materno, além de ser um alimento de difícil digestão para os recém-nascidos e podem levar a diversas alergias alimentares, inclusive podem ser fonte de contaminação caso sua manipulação e preparo não sejam feitos de forma correta e observando as questões de higiene(uso de água contaminada e utensílios lavados e esterilizados incorretamente são as principais causas de diarreia, que podem levar à desnutrição).
Caso este texto ainda não tenha sido convincente sobre os benefícios do leite materno, aí vai um último fator muito importante na realidade econômica do nosso país: Aleitamento Materno é de graça, já a fórmula…
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REA, M. F. Substitutos do leite materno: passado e presente. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 24:241-9,1990.
Scochi, CGS.; et al. Alimentação láctea e prevalência do aleitamento materno em prematuros internados . Cienc Cuid Saude 2008 Abr/Jun; 7(2):145-154.
Leite-Cavalcanti, A, Medeiros-Bezerra, PK, Moura, C. Aleitamento Natural, Aleitamento Artificial, Hábitos de Sucção e Maloclusões em Pré-escolares Brasileiros. REVISTA DE SALUD PÚBLICA · Volumen 9 (2), Junio, 2007: 194-204.
Casagrande, L.; et al. Aleitamento natural e artificial e o desenvolvimento do sistema estomatogmático. Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 11-17, Maio/Ago., 2008
Passanha, A.; Cervato-Mancuso, AM.; Silva MEMP. Elementos protetores do leite materno na prevenção de doenças gastrointestinais e respiratórias. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum. 2010; 20(2): 351-360.
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Rico em detalhes e cheio de carinho! Assim que vejo uma Doula! Traz muitas informações recheadas de amor!
Parabéns pelo seu trabalho!