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Da Violência Obstétrica à redenção.

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Foto: Arquivo pessoal Eluise e seus filhos Maria Cecília, João Miguel, Maria Luiza, Daniel e Pedro

Primeiro parto e a falta de informação

Em 2006 descobri nossa tão sonhada gestação, como mãe de primeira viagem (como nos denominam) acabei acreditando que tudo que médicos e pediatras me falassem era o correto (grande erro), afinal estudaram para isso: levar a informação correta à mulheres (gigante engano).

Quanto a via de parto mesmo sendo mãe pela primeira vez nunca me passou pela cabeça outra forma de um bebê  chegar ao mundo. Meu obstetra perguntou se eu tinha certeza dessa opção e sem dúvidas permaneci com esta escolha.
Porém inexplicavelmente minha bolsa rompeu muito antes do esperado e aí então começou o grande pesadelo, eu não imaginava o que poderia acontecer comigo, com nós, tinha muito medo de perder o filho tão esperado, chegando ao hospital chamaram meu GO que constatou rompimento da bolsa e nos encaminhou para Caxias do Sul onde teria todo equipamento para receber meu filho da melhor forma possível (mais um engano), enfim foi chamado ambulância para nos levar ao hospital da outra cidade.

A enfermeira que nos acompanhou, não tinha uma fisionomia pior porque acredito que não exista, todas as oportunidades que ela teve no trajeto Canela-Caxias do Sul de me menosprezar, humilhar, tocar terror e me fazer acreditar que eu era incapaz de trazer meu filho ao mundo, ela utilizou para tal. Desde a realizar um exame de toque, com o carro em movimento, eu reclamar e ela me dizer: para fazer não doeu né? Baixei a cabeça e ouvi calada cada palavra cruel que saia de sua boca.

Chegando em Caxias, o que eu achava já ter sido o pior momento, estava apenas começando. Por se tratar de um hospital universitário, estava cheio de estudantes (imagino os profissionais que se tornaram), vieram todos ao nosso encontro, medo, pânico tomavam conta de mim. Mediram pressão, não me deixaram caminhar, me negaram alimentação e qualquer líquido  que eu pudesse tomar para saciar minha sede. Me levaram para uma sala (12 anos se passaram e ainda sinto o cheiro daquele lugar) havia uma mesinha com aparatos e uma maca ginecológica, ali me colocaram e quando olho uma fila de estudantes se formava em minha frente, o professor começou a sessão tortura (sim, assim que chamo as cenas a seguir), ele fez o exame de toque, falou algumas palavras e deu ok para o primeiro da fila.

Levei 25 VINTE E CINCOOOOOO exames de toque seguidos, um atrás do outro, sem piedade, sem respiro, aqueles olhos curiosos me olhavam e continuavam, eu gritei, pedi para parar, e só ouvia é o procedimento mãezinha (como odeio ouvir esse termo). Meus sinais vitais começaram a ficar fracos, desmaiei, quando voltei a si, me levaram para uma sala para realizar o cardiotoco e verificar os sinais do meu filho, eu tinha medo, tinha sede.

Apareceu um obstetra mais velho, constatou que não havia dilatação (mais um toque, este tentou ser o mais humano que ele poderia ser, mas eu estava machucada, ele viu, eu sei ) ouvi ele pedir que uma residente colocasse ocitocina sintética para que evoluísse , já que até o momento não tinha nenhuma dilatação , e moça veio, nunca vou esquecer dela, unhas pintadas de vermelho, grandes, colocou a luva, mandou eu abrir as pernas, por sorte o mesmo médico voltou e perguntou o que ela iria fazer, ela disse que colocaria um comprimido via vaginal para acelerar o processo (OMG, e aquelas unhas gigantes?) Imediatamente ele falou que não pois tinha orientado via venosa.

As contrações começaram, eu não podia me mexer, não podia me virar, não podia respirar. Pedia água , pedia ajuda e ninguém fazia nada. Chegou outra equipe de enfermeiras e realizaram a lavagem intestinal, me avisaram que eu iria correr para o banheiro e assim foi, quando sentei na privada descobri um método de aliviar aquelas dores sintéticas que dominaram meu corpo e minha mente. Ali eu queria ficar, me foi negado, me arrancaram dali com medo que eu expelisse meu filho na privada (nessa hora parir não era o termo, expelir era o objetivo deles).
Voltei para a cama, gritei, dei soco na maca, mordi ferros, precisava de ajuda, precisava de água. Nisso novos estudantes entraram no quarto, acompanhados de uma professora, mandaram abrir as pernas, primeiro toque e me retorci por inteiro, sangrei, segundo toque o sangramento intensificou, pedi para parar, outro se preparava para tocar e eu resolvi fechar minhas pernas, mandei que deixasse o dedo lá dentro, foi aí que resolveram me levar para a sala de parto, para que eu não atrapalhasse os estudos deles (eles pretendiam amarrar minhas pernas (eu ouvi isso).
Chegando na sala de parto, eu e aquela fila de urubus em cima de mim, me acomodaram na cama e por minha sorte, viram a cabeça do meu filho, encerram os toques, está na hora de fazer força.

Vamos lá mãezinha está chegando a hora!! Meu filho a cada contração subia (ele tinha medo de chegar ali, daquele jeito), vamos mãezinha quer ou não quer que teu filho nasça?? (oi??), preciso de água , não mãezinha, tu vai ter a vida toda para tomar água , vamos, força…desmaiei….acorda mãezinha, força…quero água …desmaiei… vamos ajudar ( aqui pensei até que enfim, alguém vai me ajudar, maior erro de todos), duas enfermeiras buscaram banquetas e subiram na minha barriga ( calculem a dor) …desmaiei…

Nisso entra um rapaz na sala, veio perto de mim, molhou minha boca com algodão, passou a mão no meu cabelo e me disse : Tu vai conseguir, não desiste ( até hoje não sei se ele era real ou não), segurei na sua mão e fiz força elas empurram, me mutilaram (big, mega, hiper episio, levei 17 pontos _ internos e externos).

Meu filho nasceu, pegaram ele pelas pernas, não consegui ver seu rosto, o levaram para o oxigênio, eu desmaiei, o telefone da médica tocou, ela atendeu enquanto me suturava ( sim, o descaso era visível), ela desliga e uma enfermeira, meio sem jeito diz: Drª a placenta não saiu ainda ( oh céus) … ela resolveu apertar meu abdômen, até sair a placenta, deu uma rasgada nos pontos, arremataram a linha.

Me levaram dali, fiquei três hora na sala de recuperação ( de um parto (a)normal) esperando para poder ver meu filho, cada criança que entrava na sala eu tinha esperança pois ainda  não conhecia meu bebe. Até que uma enfermeira entra com um pequenino nos braços, super cabeludo, colocou ele numa mesinha, o vestiu, ele virou a cabecinha, nossos olhos se cruzaram, o amor nos ligou, não tive dúvidas que ele era meu, perdemos nossa hora de ouro ( a primeira hora de vida do bebê, tão importante para construção de elos), quando o peguei em meus braços tive certeza que a eternidade nos recompensaria por esses momentos.

Foto: Arquivo Pessoal Na foto com seu filho Pedro de 12 anos.

Eu mal podia sentar, deram complemento, afinal o leite materno não iria beneficiar meu filho (quanto erro, quanta ignorância desses que se dizem estudados). Meu filho mamou 20 dias no meu peito com complementação de leite artificial, o que fez meu leite diminuir, meu filho confundiu os bicos e mais um momento nosso foi arrancado, dentro de mim, aquilo tudo que vivi acreditava ser normal, ser protocolo, pensava que parto normal era aquilo, afinal eles sabiam (gigantesco e ignorante erro).

Segundo parto e o medo da história se repetir

O tempo passou, me vi grávida  novamente, descobri a gestação com 6 meses, com histórico prematuro anterior meu GO optou por usarmos medicação objetivando segurar ao máximo essa gestação, aos sete meses caí de uma escada e quebrei o pé, repouso e repouso, tirei o gesso 5 dias antes do parto.

Foto: Arquivo Pessoal Na foto com Malu de 11 anos

Lia alguns relatos, ouvia mulheres contando como havia sido legal o parto, mas não atentei de nada sobre parto, só queria saber de amamentar minha filha e esse ponto me fez buscar muita informação. Parei a medicação no dia 03\03 e no dia 06/ 03 minha bolsa rompeu, arrumei a bolsa do meu pequeno filho , o tio dele veio buscá-lo e fomos ao hospital ( genteeeee não era necessário ter ido naquela altura ainda, mais uma vez me faltou informação).

Chegando no hospital movimentos limitados em relação ao pé recém curado, novamente não havia dilatação (claro, por isso deveria ter esperado em casa as contrações ritmarem), meu corpo novamente foi declarado inútil e minaram minha confiança, começaram a querer tocar novamente meu colo de útero, pedi cesárea, não queria tudo aquilo novamente.

Uma enfermeira falou que estava perto pediu que não desistisse, fui para a sala de parto e tive complicações com meu pé quebrado, precisei de oxigênio,.

Malu nasceu com duas circulares enfeitando o pescoço (hoje sei que não havia perigo real nesse fato), afastaram ela de mim o que a fez perder o calor do corpo e precisou ficar nua no meu peito para meu calor a esquentar, ela não quis mamar de imediato e pelo menos isso respeitaram, não deram complemento e esperam ela sinalizar a fome.

Levei 3 pontos do rasgo que me deram, o obstetra  que estava atendendo no lugar do meu chegou tempo depois só para me suturar.

Percebi que todo aquele procedimento anterior não era protocolo, mesmo com violências nesse segundo parto, nem perto chegaram das violências do primeiro. Pelo menos aqui consegui amamentar durante 1 ano e 6 meses, toda orgulhosa.

O terceiro parto e o começo de uma nova história

A terceira gestação aconteceu porém nesse período de espaço em descobrir a gravidez em si comecei a ler sobre o tema via tantos relatos lindos e encorajadores, que sentia que tudo que passei até ali não PODIA e nem DEVERIA acontecer.

Percebi que se realmente tivéssemos profissionais capacitados para acompanhar esse momento ímpar na vida das famílias tudo seria diferente.

A notícia da nova gravidez veio como uma bomba, era tudo muito recente tínhamos dois bebês em casa, tudo ainda estava bagunçado. Juntei meus cacos e agradeci à Deus a oportunidade de trazer outro ser ao mundo através de mim.

Busquei toda informação possível, me embasei, fiz meu plano de parto, me empoderei, janeiro de 2010 foi meu renascimento, meu corpo funcionava sim e era preciso respeito, amor e paciência, tudo no tempo aconteceria.

Minha bolsa rompeu, fui para o chuveiro dancei, conversei com meu filho, fiz daquele momento nossa última dança como um só, deixei claro que eu o ajudaria e estaria pronta (confesso que eu pariria ele dentro de um busão lotado, sem ajuda nenhuma tamanha era sede de informações que tive e busquei)

Amigas virtuais me auxiliaram, eu acreditei em mim, no meu corpo e no meu bebê , as contrações chegaram tímidas, indolores, minha cabeça estava preparada para o fisiológico, para parir naturalmente, para mostrar ao sistema falido que sim eu era perfeita.

Contrações ritmadas fomos ao hospital, na nossa cidade descobrimos que a plantonista amava uma cirurgia e não iria esperar nosso momento, fomos para a cidade de Gramado e lá tive liberdade de caminhar, me agachar durante as contrações, até chegar na recepção, me ofereceram cadeiras de rodas para ir até a maternidade, neguei, respeitaram, levei bastante tempo para chegar lá, a cada contração muita rebolada, agachamento e respiração, porém ainda indolores.

Apresentei meu plano de parto, expliquei embasadamente item por item, e fui RESPEITADA, fui para chuveiro, fui para borda do sofá rebolar ( a bola estava em uso), dei baixa ao meio dia e pouco no hospital às 13h30 Daniel começou a coroar, indolor.

Aceitei a cadeira para ir para sala de parto, entrei na partolândia, meu parto estava imaculado, como tanto planejei, ele nasceu, veio para o meu peito, com as mãos postas ele e eu agradecíamos a Deus por tudo, cordão parou de pulsar, foi cortado, papai acompanhou tudo, meu filho saiu dos meus braços para o braços do meu marido, tive uma pequena laceração natural, amamentei, andei, me movimentei, mostrei ao sistema que quem não está preparado não é meu corpo.

Foto: Arquivo Pessoal Na foto amamentando Daniel com 3 dias de vida.

Depois do parto humanizado hospitalar, dois partos domiciliares para encerrar com chave de ouro a missão de gestar e parir

O ano de 2013 chegou e com ele a decisão de termos outro filho, nos planejamos para em 2014 engravidar mas em outubro de 2013 descobrimos a nova gestação, o parto já estava certo, teríamos nossa filha de parto domiciliar, no nosso recanto, no nosso ninho, perto dos nossos filhos, ao nosso tempo, com respeito e amor.

Procurei meu GO que acompanhou as outras gestações ( porém  nunca acompanhou nenhum dos meus partos) e falei sobre nossa escolha de parto domiciliar ele não encarou conosco nossa escolha e acabei indo procurar outro profissional.

Encontramos uma obstetra que nos recebeu, respeitou nossa decisão e nos acompanhou durante todo pré natal e pós parto, nos preparamos, preparamos nossos filhos, assistimos vídeos, documentários, participamos de rodas de conversas.

Foto: Arquivo Pessoal Momento em que Maria Cecília nasce e é recebida com muito amor por toda sua família

No  sexto mês da quarta gestação, junto com mais três mulheres demos o ponta pé inicial para a criação do grupo Nascer Sorrindo Região das Hortênsias, com sede em Gramado-RS, fui a primeira gestante do grupo, e o primeiro parto também, domiciliar.

Escolhemos play list, dançamos, e ao completar 42 semanas e 2 dias nossa bailarina chegou, num processo natural, em duas horas de trabalho de parto ativo, sem água, sem música, sem velas (não deu tempo) a bolsa não rompeu como das outras vezes somente quando ela apontou neste mundo é que as águas que lhe guardavam jorraram do meu ventre, períneo íntegro, ela chegou em cima de um colchonete, direto para meus braços, cordão pulsando, nos (re)conhecemos, seus irmãos em nossa volta, sentindo todo amor que escorria pelas paredes, papai nos abraçava e ali ficamos, por horas e horas.

Nossa quinta gestação não foi planejada por nós (não neste plano, sei que lá na espiritualidade já havíamos aceito o contrato), foi planejada por Deus, parto não foi nem questionado.

Foto: Arquivo Pessoal Momento de reconhecimento com João Miguel

Irmãos juntinhos novamente a família reunida, parto a jato, bebê gigante, 41 semanas e 1 dia, bolsa também não rompeu antes, somente na saída do bebê, períneo intacto, amor que transbordou, amamentação continuada na gestação e em tandem(duas crianças com idades diferentes amamentadas) até Maria Cecília completar quatro anos .

Foto: Arquivo pessoal Na foto amamentando João Miguel e Maria Cecília

Assumindo a missão do amor – Doula

Não desisti de mim não acreditei que eu não sabia parir, que meu corpo era imperfeito, não aceitei o sistema me enganar, eu lutei, eu venci, e por isso que hoje luto, para que mais mulheres tenham a oportunidade de vencer o sistema, aliás luto para que o sistema mude, que parto seja fisiológico, que respeitem o tempo de cada um, que médicos aceitem que não são os protagonista, que entendam que eles NÃO FAZEM PARTO, quem faz é a mulher, médico e equipe prestam auxilio sem intervir.

EPISIOTOMIA não é procedimento rotineiro, e nem deve ser feita ( ANALISE AQUI, meu primeiro filho nasceu com 2,275 kg levei 17 pontos, meu quinto filho nasceu com 4,090 sem NENHUMA laceração, te pergunto: EPISIO é mesmo necessária?).

Manobra de kristeler ( subir na barriga para empurrar o bebê) não é rotina, cordão enrolado não mata, TOQUE não é rotina, proibir movimentação não é rotina, indução não é rotina (somente feita quando realmente necessário, e deve ser bem feita), humilhar não é rotina, bebê não passa do tempo, parto não é sujo, que NADA DISSO é normal, ISSO NÃO É PARTO NORMAL.

Foto: Bruna Arend Na foto com Andrea na doce espera de Jimena.

Luto para que nossa escolha de parto seja respeitada, que sejamos respeitadas, não lutamos contra a cirurgia necessária, não luto contra por evidências reais de cesariana, luto contra cirurgias eletivas por terem minado a confiança da mulher em si e em seu filho, luto para que você não seja enganada, que parem com as cesarianas de NATAL, ANO NOVO, PÁSCOA , CARNAVAL, FERIADOS.

Luto para que médicos parem de mentir descaradamente para as mulheres, que sua agenda não seja prioridade frente a espera amorosa de uma mãe, que seu juramento seja levado ao pé da letra, que a humanização nasça nos corações de médicos, enfermeiras, recepcionistas.

Foto: Arquivo Pessoal Roda de gestantes comemorativa de 1 ano do grupo Nascer Sorrindo em Canela – RS

Não quero ser chamada de corajosa por acreditar na natureza, não quero ser vista como a maluca do parto domiciliar, quero ser vista como uma mãe que lutou pela melhor e mais amorosa forma de receber seus filhos.

Luto por uma mudança de conceitos e digo NÃO, não é vergonhoso você doutor mudar seus paradigmas, refazer seus conceitos e voltar a se especializar para junto conosco fazer a diferença neste momento tão sublime.
Luto por mim, por ti, por nossas filhas. Não nos veja como ameaça ou como inimigas, nos veja como amigas que lutam por um momento respeitoso seu e do seu filho.

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA É CRIME, DENUNCIE.

Você pode saber mais sobre as rodas de conversa de gestantes e participar do grupo VIP de whatsapp para gestantes e purpéras se inscrevendo aqui

 

Referências:

Práticas prejudiciais ao parto: relato dos trabalhadores de saúde do sul do Brasil – http://www.repositorio.furg.br/handle/1/1162

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: como o mito “parirás com dor” afeta a mulher brasileira –http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2755

A violência institucional no parto no processo de formação médica em obstetrícia-  https://www.researchgate.net/profile/Sonia_Nussenzweig_Hotimsky2/publication/268425794_A_violencia_institucional_no_parto_no_processo_de_formacao_medica_em_obstetricia/links/5535032a0cf2ea51c1338ac4.pdf

Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer – http://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1013

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Doula Elu Araujo (Canela-RS)

Formada em direito, proprietária do Flor &Ser Espaço Materno Infantil e Coletivo de Doulas. Mãe de cinco seres de luz que com suas chegadas me tornaram mais forte e me motivaram à procurar este caminho de conhecimento do parto humanizado.Há 10 anos participo de grupos e estudo na área da humanização do nascimento, sou uma das fundadoras do grupo Nascer Sorrindo Região das Hortênsias (com sede em Gramado) e há 1 ano e 4 meses com o Nascer Sorrindo Canela. Há 1 ano com formação pelo Doulas na Tradição, e desde então buscando várias formações na área materno infantil. Desde 2017 atuando em grupos de puerpério, levando informações, trocas e acolhimento ao maior número de mulheres possível. Atuo como doula na gestação, parto e pós parto.Acredito que todas podemos escrever uma nova história e mudar com muito amor o atual cenário obstétrico.Cidades de atuação: Canela- RS e Gramado-RSInstagram: @eluisearaujoContato: 54 - 99956-3207 (whats)E-mail: eluisearaujo@gmail.com

View Comments

  • Eluuu que incrível meu Deus tu tá sempre te superando em tamanha luz que tens e que nos passa!!!! Como sempre digo um caminhão de luz, que veio pra me iluminar e me guiar. Te admiro demais, demais,demais. Parabéns por esta nova conquista com muita dedicação, esforço,horas e horas de trabalho.... Pode ter certeza que era o que faltava pra muitas mães aí que já tem seus babys, e falta ainda... Que só cresça seu trabalho e sua luz! Já sei toda tua história mas vou ler tudo isso novamente e depois quando o famoso João vier vou ler e reler novamente mil vezes KKK obrigada novamente por tudo que faz por nós! Por ser a nossa doula voluntária e ser meu porto seguro tantas e tantas vezes quando eu me sentia tão sozinha. Bora ler isso daqui é muita informação! Ameiiii

  • Lindo, Elu... Quanta admiração sentimos por ti, obrigada por nos acolher e lutar por nós ❤️

  • Elu, fico extremamente tocada toda vez que leio a tua história. Espero que possamos mudar um pouco que seja o sistema, devolvendo o protagonismo do parto para mãe/bebê. Que Deus continue sempre iluminando teus pensamentos e teus atos. Conta comigo sempre!

    • Vamos mudar sim minha querida, nosso trabalho de formiguinha, sempre em frente, mudaremos o mundo, cada família, cada história, a cada bebê que chega de forma amorosa e respeitosa mudamos aquele mundo... Gratidão por caminhar comigo...

  • História mais linda, sempre inspiradora e encantadora. Um ser de luz ,que espalha amor por cada família que passa. Gratidão eterna em tê-la em nossas vidas!

    • Gratidão tenho eu de ter vocês na minha vida e ter aprendido tanto com vocês... amoo

  • Sua linda! Que missão abençoada a tua! Deus te abençoe e te dê muita saúde e disposição pra cumprir tua missão e evoluir cada vez mais! Te admiro muito e sou tua fã!

  • Ler esses relatos nos faz refletir, como seres humanos. Que acolhimento estamos dando à alma que renasce para nova existência? Que condições são ofertadas à mãe para naturalmente passar por esse momento? São muitos os questionamentos. Mas uma certeza...não vi relatos de crianças que nasceram em táxi, dentro do carro da família, em ambulâncias em função de não dar tempo de chegar ao hospital e que tenham tido dificuldades para nascer...apenas nascem...e se as mães chegassem ao hospital quantas iriam passar por cesárea?

    • Exatamente Paulo, crianças que nascem "acidentalmente" à caminho da maternidade sofrem muito menos intervenções na grande maioria das vezes também será recebida com mais amor e respeito. Precisamos de um despertar coletivo frente à questões fisiológicas e ancestralidade. Abraço meu amigo

  • Uma história de força, luta, superação e muito amor. Parabéns minha amiga por diante de um sistema mecânico e esmagador vc lutou e mostrou que sim a natureza é perfeita... Que seu corpo é perfeito e que todas sabemos e podemos parir com respeito e assim ser protagonista da sua própria história. Te honro e admiro muito. Amo-te minha irmã de alma ❤️

    • Oh vida minha só tenho à agradecer por te ter nessa caminhada.. te amo

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