Quando finalmente decidi que estava na hora de ser mãe, começaram as tentativas. E dois longos anos se passaram nesse processo.
Nesse post você vai encontrar
Conheci a figura da doula quando estava em busca de uma vida com mais propósito em que meu trabalho fizesse diferença para outras pessoas. Me identifiquei imediatamente com a ideia de cuidar de mulheres em um dos momentos mais importantes de suas vidas.
Decidi então me aprofundar pra valer no mundo da humanização do parto, e não parei mais de estudar e me capacitar para prestar o melhor suporte possível às gestantes que eu atendesse. Além de doula, fiz a formação de educadora perinatal, consultora de amamentação, instrutora de shantala, massagem para gestantes, massagem pós-parto, medicina placentária, dentre outras oficinas, palestras e imersões.
Se por um lado eu tinha me encontrado profissionalmente, minha vida pessoal passava por um desafio e tanto, que mexeu muito comigo.
O tempo passava e eu não engravidava. Todo mês era uma angústia, que dava lugar a uma tristeza enorme cada vez que o positivo não vinha. Cheguei a me perguntar algumas vezes se eu conseguiria. E comecei a fazer uma bateria de exames para tentar descobrir o que estava acontecendo. Mas os resultados não mostraram nada de errado e aparentemente estava tudo bem comigo.
Depois de um ano fazendo todo tipo de exame, de uma simples coleta de sangue até os mais invasivos, foi a vez do meu marido começar a investigar se ele tinha algum tipo de infertilidade. E nada. Começamos então a discutir quais seriam nossas opções e decidimos que se eu não engravidasse em alguns meses, partiríamos para adoção.
Foi então, que depois de dois anos, consegui engravidar. Não posso deixar de pensar que esse foi exatamente o tempo necessário para me munir de informações e de conhecimento sobre o meu próprio corpo e toda sua inteligência ao produzir hormônios do parto, toda a adaptação física para gestar e parir. De como meu organismo funciona perfeitamente bem e que eu sempre tive tudo que precisava dentro de mim.
Nesse caminhar de formação como doula, à medida que ia me informando meus medos iam se dissipando. E descobrir que eu era capaz sim de ter um parto normal causou uma verdadeira revolução interna. Entendi que o medo que eu sentia era fruto de uma cultura cesarista, medicalizada e também machista na qual eu vivia e vivo até hoje.
Olhando para trás eu vejo que tudo aconteceu na hora certa, quando eu já estava pronta para tomar decisões baseadas em estudos, evidências científicas e não em achismos e práticas ultrapassadas que apenas nos fazem sentir vulneráveis.
Cada vez mais vejo que tomei a decisão certa e tenho como missão, levar esse conhecimento para o maior número possível de mulheres, para que elas possam ser as protagonistas de seus partos, assim como eu tive a oportunidade de ser.
Foi assim que nasceu o Pétala Cuidados Maternos, onde eu reúno todas as técnicas e conhecimentos que adquiri até aqui para prestar suporte desde a gestação até o pós-parto. Se você quiser conversar mais comigo, manda uma mensagem pelo @petalacuidadosmaternos. Vai ser um grande prazer te ouvir.
Referências:
Beyond Holding Hands: The Modern Role of the Professional Doula https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12465873
Continuous Support for Women During Childbirth: 2017 Cochrane Review Update https://www.cochrane.org/CD003766/PREG_continuous-support-women-during-childbirth
Fear of childbirth: a neglected dilemma https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12694113
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