Aí o bebê nasce e chovem palpites, opiniões e pareceres sobre qual a melhor forma de cuidar, educar e criar esse novo ser que chegou ao mundo. A alimentação, em especial, costuma ser grande fonte e dúvidas e incertezas e, nesse aspecto, a amamentação ganha em disparado no gráfico das angústias maternas.
Some-se a isso os ainda baixos índices de amamentação exclusiva em nosso país (não alcançando 60 dias, quando o recomendado seriam 6 meses) e prolongada por até 2 anos (pelo menos) ou mais. Muito disso se deve à falta de informações de fonte confiável e falta de apoio, por isso, aqui você encontra respostas simples e objetivas para 10 das maiores dúvidas que chegam sobre esse tema.
Nesse post você vai encontrar
De maneira geral, leite fraco não existe. Todo leite é perfeitamente adaptado à necessidade de cada bebê. Mesmo nas mulheres que passam fome (ou por condição social ou por dietas altamente restritivas – que, aliás, são contraindicadas) o corpo prioriza a produção de leite em detrimento do sustento do corpo da mulher. Apenas em casos de extrema escassez de alimentos a produção de leite poderá ser afetada.
2. E se eu não produzir leite suficiente?
Quando bebê mama corretamente, em livre demanda, sem interferência de outros bicos, a produção de leite será adequada para atender à demanda do bebê. Quanto mais ele mama, mais leite será produzido. Aqui engloba também a amamentação não nutritiva, o mamar por outras necessidades que não a de satisfazer a necessidade de alimentação, mas, inclusive, necessidades emocionais.
Na maior parte dos casos: PODE! O corpo irá produzir anticorpos que serão repassados no leite para proteger o bebê, diminuindo o risco de contaminação. Deve-se adotar alguns cuidados, tais como intensificar a lavagem das mãos e, conforme o caso, usar máscara.
Boa parte dos medicamentos já é compatível com a amamentação, mas você deve conversar com seu médico a respeito e, caso o medicamento em questão não seja compatível, é possível na maior parte das situações, buscar alternativas que seja compatíveis. Também é possível consultar o risco à amamentação no site e-lactancia.
Essa afirmação não tem fundamento científico. O que de fato pode acontecer é o leite empedrar na mama caso não seja feita a ordenha e/ou o bebê se recusar a mamar, dependendo do porque isso aconteceu. Em geral, essa situação pode ser contornada com a ajuda de profissionais de apoio à amamentação.
Se está tudo transcorrendo bem com sua gestação e você não apresenta nenhum risco adicional, não há problema em continuar amamentando grávida, independentemente da idade do filho mais velho. A explicação de algumas pessoas para indicarem a interrupção da amamentação é que pode causar contrações uterinas. Isso é verdade, pois na amamentação é liberada ocitocina que é o hormônio responsável pelas contrações. No entanto, no sexo também há a liberação de ocitocina e normalmente só há recomendação para a abstinência sexual em gestações de alto risco.
Se o bebê não tem nenhum tipo de alergia, não é necessário evitar nenhum alimento, pois as cólicas são consequência do desenvolvimento do bebê. Após o nascimento é que o intestino vai completar sua maturação e é isso que pode causar cólicas no bebê. É um processo natural que em geral passa quando o bebê alcança o 3º ou 4º mês de vida.
De fato a amamentação é bastante desgastante para a mãe, no entanto, se intercalar com mamadeira existe uma chance considerável, comprovada em diversos estudos, de ocorrer o desmame precoce por confusão de bicos. Por isso, o uso de mamadeiras e chupetas não é recomendável e a interferência na livre demanda pode atrapalhar a produção de leite.
O que as pessoas chamam de “chupetar” é a amamentação não nutritiva. O cérebro do bebê é muito primitivo e imaturo. Ele não sabe lidar com os sentimentos, assim sendo, o bebê não mama apenas quando tem fome ou sede, mas também quando sentem dor, tédio, angústia, etc. Enfim, tudo o que o bebê precisa resolver emocionalmente, ele resolve mamando e com o tempo ele se desenvolve e vai aprendendo a lidar com os sentimentos de outras formas. Além disso, essa amamentação é importantíssima para a manutenção da produção de leite.
Dor ao amamentar não é normal. Algum desconforto nos primeiros dias e talvez quando ocorre a apojadura pode acontecer, porém, se há dor, é preciso buscar auxílio o quanto antes. Comumente pode haver algum problema com a pega do bebê ou outros fatores causando dor, e tudo isso precisa ser corrigido o quanto antes para evitar problemas maiores e mais graves como um desmame precoce ou mastite.
Você tem alguma dúvida adicional que te angustia ou preocupa? Manda pra mim preenchendo esse formulário!
SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf
Como ajudar as mães a amamentar.
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/cd03_13.pdf
Amamentação E Uso De Medicamentos E Outras Substâncias.
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/amdrog10.pdf
Dez passos para uma alimentação saudável.
http://www.blog.saude.gov.br/images/arquivos/dez_passos_alimentacao_saudavel_guia.pdf
National Implementation of the Baby-friendly.
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/255197/9789241512381-eng.pdf;jsessionid=50539409B6003FB1A5227378F17FAEE0?sequence=1
Buscar um parto normal humanizado pode ser bem solitário. Parece que um evento natural é…
O parto normal é o processo mais natural e saudável para o nascimento de um…
O parto normal é um tema que desperta muitas dúvidas e questionamentos nas gestantes e…
Dia 28/01 sábado por volta as 18:30, comecei a ir ao banheiro fazer xixi e…
Minha dpp era 26/12, e eu já estava com consulta marcada pro dia 27 pronta…
Minhas contrações se intensificaram no dia 05/12 (sim no dia do jogo do Brasil contra…
View Comments
Texto muito esclarecedor, obrigada!!
Fico feliz que tenha gostado!