Streptococos positivo e o parto normal

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Imagem: ptpngtree.com

Confirmada a gestação por meio do exame de sangue chamado de Beta hCG que tem por objetivo medir o nível do hormônio gonadotrofina coriônica humana, importante para o desenvolvimento e manutenção do embrião passa para a corrente sanguínea da mulher, e em nível elevado confirma a gestação, devendo a gestante dar início ao acompanhamento pré-natal, que ao longo da gestação além das consultas com obstetra, ou obstetriz ou enfermeira obstetra, terá que se submeter a vários exames, sendo um deles o streptococos do grupo B.

Que bicho é esse?

Ao ouvir o nome do exame streptococos, é comum pensar inicialmente ser esta uma doença sexualmente transmissível – DST, quando na verdade é uma bactéria extremamente comum que costuma colonizar as regiões da vagina, intestino e reto de 15% a 20% das mulheres gestantes. A bactéria do grupo B na maioria dos casos não apresenta risco ou complicações à mulher. Durante a gestação é feito a urocultura, exame de urina que tem por objetivo identificar bactérias na mesma, caso seja positivo, o obstetra instituirá tratamento com antibiótico adequado para eliminação da bactéria, e independentemente de ter tido ou não a presença da bactéria na urina a mulher deverá fazer entre a 35º e 37º semana de gestação o exame do streptococos do grupo B.

O exame

Imagem: agoramt.com.br

A realização do exame é simples, indolor e rápido, feito por um profissional da área da saúde que com auxílio de um cotonete irá coletar amostras da região vaginal e anal da mulher para análise de atividade ou não da bactéria na região íntima da mulher, o resultado do exame fica pronto de 2 a 5 dias e quanto mais perto da aproximação do parto melhor, uma vez que a mesma deverá permanecer nas mesmas condições até o acontecimento do parto.

 Deu positivo, não poderei ter parto normal?

Informação é poder! Desta forma é importante estar consciente que o positivo para a bactéria do strepto, por si só não é uma indicação real para a cesariana, e não há uma forma de tratamento na gestação, portanto não impede ou inviabiliza o acontecimento do parto vaginal. O que é necessário é receber profilaxia INTRAPARTO (durante o trabalho de parto), ou seja, o antibiótico, como forma preventiva e de redução  da incidência de sepse neonatal.

Entenda que rotura de bolsa é mais comum durante o trabalho de parto, sendo aproximadamente 10% das gestantes terá a bolsa rota, ou seja, estourada antes do início do trabalho de parto tendo que receber a administração de antibiótico, como forme de prevenir o contagio do bebê pela bactéria ao passar pelo canal vaginal. Cerca de 0,3%, 0,4% dos casos de uso de profilaxia ocasionará a contaminação do bebê isso para cada mil nascidos vivos. O índice é muito baixo e não é motivo para tensão, tão pouco uma cesariana!

Referências Bibliográficas:

Exame de Beta HCG https://www.mdsaude.com/2013/10/beta-hcg.html

Gravidez: tudo que você precisa saber sobre o exame de streptococos do grupo B https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2017/04/gravidez-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-exame-de-estreptococos-do-grupo-b.html

Indicações reais e fictícias de cesariana http://estudamelania.blogspot.com/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html#!/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html

Pré-natal exames laboratoriais de rotina https://www.mdsaude.com/2014/06/pre-natal-exames.html

Importância do Acompanhamento pré-natal http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/90prenatal.html

 

 

 

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